PT VAI ÀS URNAS NESTE DOMINGO (6/07) PARA ESCOLHER NOVOS DIRIGENTES DO PARTIDO EM TODO PAÍS
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(crédito: foto reprodução "IA" para ilustração do texto) |
Postagem publicada às 9h45 deste domingo, 06 de julho de 2025.
Filiados elegem presidentes
municipais, estaduais e nacional em todo o Brasil. Favorito para comandar a
legenda no país é o ex-prefeito de Araraquara (SP) Edinho Silva: ele tem o
apoio de Lula
Depois de oito anos sob o comando
de Gleisi Hoffmann, atual ministra da Secretaria de Relações Institucionais, o
Partido dos Trabalhadores realiza, hoje, as eleições para eleger um novo
presidente para a sigla. O escolhido terá a missão de unir as correntes do
partido e viabilizar a possível candidatura do presidente Luiz Inácio Lula da
Silva à reeleição em 2026.
A disputa pela presidência
nacional reúne quatro nomes com trajetórias políticas distintas. São eles:
Edinho Silva (Construindo um Novo Brasil), Rui Falcão (Novo Rumo), Romênio
Pereira (Movimento PT) e Valter Pomar (Articulação de Esquerda). No mês de junho,
os candidatos participaram de debates internos, em que apresentaram suas
propostas para o futuro da legenda.
Cerca de 3 milhões de filiados
estão aptos a participar do Processo de Eleições Diretas, que elegerá também
representantes municipais e estaduais. O pleito se dá em um momento de inflexão
para o PT. O partido, que voltou ao Palácio do Planalto com a eleição de Lula,
busca agora resgatar sua força orgânica, sem perder a capacidade de articulação
institucional.
O favorito na disputa é o
candidato apoiado pelo chefe do Planalto, o ex-prefeito de Araraquara (SP)
Edinho Silva. Foi ministro da Secretaria de Comunicação Social no governo Dilma
Rousseff e, atualmente, preside o diretório estadual de São Paulo.
Ao Correio, o político ressaltou
seu esforço de diálogo com a militância e disse que sua prioridade é
articulação para a reeleição de Lula.
Edinho defende que o PT lidere o
fortalecimento institucional do país, com uma reorganização interna, melhor
comunicação e maior proximidade com a população. Ele também pede por um novo
congresso do partido, além do debate sobre o modelo político brasileiro que,
segundo ele, se transformou num "semipresidencialismo informal", com
crescente poder do Legislativo.
O principal adversário de Edinho
é o deputado federal Rui Falcão (PT-SP), que presidiu a sigla entre 2011 e 2017
e tem condições de levar a disputa para um eventual segundo turno, que poderá
ser realizado em 20 de julho. Quando lançou sua candidatura, em maio, o
deputado criticou o movimento do partido em direção ao centro e disse que o
Partido dos Trabalhadores deveria focar nos movimentos sociais, com a defesa de
pautas como a revogação da escala 6x1, a taxação de super-ricos e a isenção do
Imposto de Renda para quem ganha até R$ 5 mil.
"São coisas que vão dialogar
mais com a nossa base social e eleitoral. Essa ida para o movimento social,
para a nossa principal base, é um contraponto para o excesso, do 'vamos dirigir
ao centro, o PT mudou'. A classe trabalhadora continua explorada", disse
Rui Falcão na ocasião.
Outro candidato, o historiador
Valter Pomar representa o setor mais ideológico do PT. Ele propõe a revogação
das reformas trabalhista e previdenciária, além da industrialização do país e
da soberania alimentar e energética. Para ele, a agremiação precisa recuperar
seu papel como protagonista das lutas sociais. Também criticou o favoritismo de
Edinho Silva, que, segundo ele, baseia-se mais no apoio informal de Lula do que
em propostas concretas. "Mais importante do que votar no candidato do Lula
é votar num candidato que defenda o PT, o governo e o próprio Lula, inclusive,
contra os erros que ele comete", disse ao Correio.
Romênio Pereira, por sua vez, é
membro fundador do PT e secretário de Relações Internacionais do partido. Com
longa trajetória na estrutura partidária, é visto como um nome conciliador. À
reportagem, afirmou que sua principal missão é contribuir para a reeleição de
Lula e reorganizar o partido a partir da base. O político destacou que mantém
uma "excelente" relação com o presidente e acredita que a eleição
deve ser um momento de reafirmação da democracia interna e fortalecimento
coletivo da sigla.
Renovação
O partido vive um momento bem
diferente de 2017, quando Gleisi Hoffmann assumiu o comando. À época, o PT
enfrentava a maior crise desde sua criação. Diversos ícones da legenda foram
presos ou indiciados pela Operação Lava-Jato, comandada pelo então juiz Sergio
Moro, atual senador. No ano anterior, a então presidente Dilma Rousseff havia
passado por um traumático processo de impeachment.
Lula, longe do Planalto desde
2011, estava cada vez mais próximo da prisão, o que se concretizou no ano
seguinte, em 2018. Sem ele no páreo, o caminho ficou livre para Jair Bolsonaro
(à época no PSL) vencer o candidato petista Fernando Haddad nas eleições
presidenciais.
Com menor representação no Congresso que em anos anteriores, o PT, sob Gleisi, voltou a ser oposição. Após a Justiça anular a condenação de Lula na Lava-Jato, o petista voltou a ser elegível e venceu Bolsonaro em 2022, assumindo seu terceiro mandato como presidente da República
Conheça os candidatos ao PT Nacional
Edinho Silva — 60 anos, apoiado por Lula, é ex-prefeito de Araraquara (SP) e representa a corrente Construindo um Novo Brasil (CNB). Defende a reconstrução de alianças de 2022 para o pleito de 2026.
Rui Falcão — 81 anos, é dos quadros históricos do partido. Foi coordenador das campanhas de Lula (1994) e Dilma (2010). É apoiado por setores da corrente Novo Rumo e pede o fortalecimento da articulação com movimentos populares, além da retomada da militância de base.
Valter Pomar — 58 anos, pertence ao lado mais ideológico do PT e é dirigente da corrente Articulação de Esquerda. Defende a revogação de reformas e a reaproximação do partido dos movimentos sociais.
Romênio Pereira — 65 anos, é membro fundador do partido e representa o Movimento PT. É visto como conciliador e
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Com informações Correio Braziliense.
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