ATENÇÃO: ALGUNS PAÍSES DO BRICS REAGEM À TARIFA DE 10% DE DONALD TRUMP; CONFIRA
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(crédito: Agência Brasil) |
Postagem publicada às 10h27 desta segunda-feira, 07 de julho de 2025.
Presidente dos Estados Unidos declarou, no domingo (6), que taxa extra será cobrada de nações que se alinharem às "políticas antiamericanas" do bloco
Após o presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, afirmar
no domingo (6) que os países que se alinhassem às "políticas
antiamericanas" do Brics pagariam uma tarifa adicional de 10%, nações do
bloco reagiram nesta segunda-feira (7) à fala do líder americano.
Na noite de ontem, Trump foi à rede Truth Social e escreveu: "Qualquer país que se alinhar às políticas antiamericanas do Brics pagará uma tarifa ADICIONAL de 10%. Não haverá exceções a esta política. Obrigado pela atenção!"
O Brics original reuniu os líderes de Brasil, Rússia, Índia e
China em sua primeira cúpula em 2009. Posteriormente, o bloco acrescentou a
África do Sul e, no ano passado, incluiu Egito, Etiópia, Indonésia, Irã e
Emirados Árabes Unidos como membros.
➦ Confira a seguir a reação de alguns dos países que integram o
Brics.
➜ Rússia
O Kremlin declarou que o grupo do Brics nunca esteve
trabalhando para prejudicar outros países.
Questionado sobre as falas de Trump, o porta-voz Dmitry
Peskov disse que o Kremlin havia tomado nota delas.
"De fato, vimos essas declarações do presidente Trump,
mas é muito importante observar aqui que a singularidade de um grupo como o
Brics é que ele é um grupo de países que compartilham abordagens comuns e uma
visão de mundo comum sobre como cooperar com base em seus próprios
interesses", afirmou Peskov.
"E essa cooperação dentro do Brics nunca foi e nunca
será direcionada contra terceiros países", completou.
➜ China
A China se opõe ao uso de tarifas como uma ferramenta de
coerção, disse o Ministério das Relações Exteriores.
O uso de tarifas não serve a ninguém, ressaltou à imprensa
Mao Ning, porta-voz do ministério.
➜ África do Sul
A África do Sul não é antiamericana e ainda quer negociar um
acordo comercial com os Estados Unidos, afirmou um porta-voz do Ministério do
Comércio do país.
A África do Sul vem tentando negociar um acordo comercial com
o governo Trump desde maio, quando o líder americano recebeu o presidente
sul-africano, Cyril Ramaphosa, para conversas na Casa Branca.
"Ainda aguardamos uma comunicação formal dos EUA a
respeito de nosso acordo comercial, mas nossas conversas continuam construtivas
e frutíferas", disse à Reuters o porta-voz do Ministério do Comércio da
África do Sul, Kaamil Alli.
"Como já comunicamos anteriormente, não somos
antiamericanos", concluiu.
➜ Malásia
A Malásia mantém uma política externa e econômica
independente e está focada na facilitação do comércio, não no alinhamento
ideológico, afirmou seu Ministério do Comércio.
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