A CULPA É DO GOVERNO BOLSONARO, DE LULA OU DO STF? TRUMP ‘DECLARA GUERRA’ E FORÇAS ARMADAS DO BRASIL ENTRA NA MIRA!

(crédito: Sociedade Militar)

Postagem publicada às 3h30 desta terça-feira, 15 de junho de 2025.

Com a frase de Donald Trump “America First” ainda ecoando nas relações internacionais, o Brasil se vê no meio de uma guerra comercial com os Estados Unidos, depois que o ex-presidente impôs uma tarifa de 50% sobre os produtos importados do Brasil. O clima tenso gerado por essa medida não é só político, mas também geopolítico, afetando diretamente a economia brasileira e, claro, a indústria de defesa. Mas afinal, quem tem responsabilidade por essa escalada nas tensões comerciais? A culpa é do governo de Bolsonaro, de Lula, do STF? A verdade é que, em meio a tantas acusações, ninguém parece ser de fato o culpado. Agora, o Brasil enfrenta uma situação crítica, e as consequências vão muito além de questões econômicas, ela afeta as Forças Armadas brasileira. Este artigo explora como essa disputa pode impactar diretamente a defesa do Brasil e sua posição geopolítica no cenário global.

O setor de defesa brasileiro: Estratégico e vulnerável

O Brasil sempre se orgulhou de manter uma indústria de defesa robusta, que não só alimenta sua economia, mas também serve como um cartão de visita no palco internacional. Em 2024, as exportações de produtos militares brasileiras atingiram seu maior valor em mais de uma década, superando os US$ 1,5 bilhão até outubro. No entanto, com a tarifa de 50% imposta por Donald Trump, esse setor crucial pode estar em risco.

Embora representando uma parte modesta do total exportado, o setor de defesa brasileiro possui um papel estratégico. Ele não só movimenta bilhões de dólares, mas também emprega milhões de pessoas e contribui para a diplomacia internacional do Brasil. Empresas como a Embraer, líder no setor aeronáutico, exportam para mais de 100 países, com destaque para aeronaves como o Super Tucano e o cargueiro KC-390. E é exatamente aí que o impacto das tarifas pode ser devastador.

Embraer: Um exemplo do impacto direto

A Embraer, gigante do setor aeronáutico brasileiro, está sentindo os efeitos diretos da medida. Em 2024, 63% das exportações de aeronaves brasileiras foram destinadas aos Estados Unidos, e grande parte dos componentes usados nos aviões da Embraer vem do Brasil. Com a tarifa, as empresas americanas que compram esses produtos vão ver os preços subirem, o que pode diminuir a competitividade da Embraer no mercado global. A empresa já sentiu o impacto: suas ações caíram 8% na Bolsa de Valores logo após o anúncio das tarifas.

A Taurus e outros setores: Um desafio de sobrevivência

Mas não é só a Embraer que está em perigo. A Taurus, conhecida fabricante de armas, também tem um vínculo extremamente forte com o mercado dos EUA. A empresa envia milhares de pistolas e revólveres para o maior consumidor de armas do mundo, e 85% de sua produção é destinada aos americanos. A nova tarifa pode colocar toda essa operação em risco, afetando seriamente sua presença nesse mercado estratégico. Mesmo com uma fábrica nos Estados Unidos, a Taurus ainda depende da produção no Brasil, o que a torna vulnerável a essa guerra comercial.

A indústria de defesa não é só uma questão econômica. Ela está profundamente ligada à geopolítica. Desde 2019, o Brasil foi designado como aliado estratégico dos Estados Unidos, o que facilitou o acesso a tecnologias e parcerias militares sensíveis. Com essa guerra comercial, no entanto, esse alinhamento pode estar ameaçado. Caso a relação com os EUA continue a esfriar, o Brasil terá que tomar decisões difíceis sobre suas alianças internacionais.

Essa situação pode forçar o Brasil a buscar novas parcerias com países como a China ou a Rússia. Esse afastamento dos EUA é uma mudança de mercado e também uma reconfiguração do poder geopolítico do Brasil. Não se trata só de exportações, mas de sua posição como potência regional e global.

Guerra comercial: risco para o Brasil ou oportunidade?

Embora a guerra comercial possa representar um risco para o Brasil, ela também pode se transformar em uma oportunidade. O Brasil poderia, eventualmente, usar esse cenário para fortalecer sua produção interna, reduzir sua dependência do mercado norte-americano e diversificar suas parcerias internacionais. Isso exigiria grandes investimentos em inovação e a criação de políticas que incentivem a indústria local. No entanto, a curto prazo, a situação é complicada. A falta de capacidade de produção e o risco de perda de confiança dos investidores dificultam essa transição.

O pior cenário, no entanto, é que o Brasil possa enfrentar uma queda drástica nas exportações, o fechamento de fábricas e uma série de demissões no setor de defesa. Isso afetaria não só o mercado de armas, mas também a modernização das próprias Forças Armadas brasileiras.

O impacto nas Forças Armadas Brasileiras

Por trás de toda essa disputa comercial, está a questão das Forças Armadas do Brasil. A indústria de defesa brasileira não serve apenas para exportação, mas também para a manutenção da soberania do país. O Brasil depende de componentes e tecnologia estrangeira, e uma interrupção nas importações poderia prejudicar a capacidade do país de modernizar sua força militar.

A perda de acesso a tecnologia vital, como a do sistema de lançamento de satélites ou de vigilância aérea, poderia colocar o Brasil em desvantagem estratégica. Esse é um jogo de alto risco, e os próximos meses serão cruciais para definir o futuro do Brasil na arena global.

Será que o Brasil conseguirá renegociar as tarifas ou adotar uma postura mais agressiva com a Lei de Reciprocidade?

Será que o Brasil conseguirá renegociar as tarifas ou adotar uma postura mais agressiva com a Lei de Reciprocidade? Ou, como muitos especialistas sugerem, o Brasil vai continuar a se afastar dos Estados Unidos, buscando alternativas com China e Rússia? A resposta do governo Lula ainda está sendo construída, mas o cenário é tenso e cheio de incertezas.

E você, o que acha dessa guerra comercial entre os EUA e o Brasil? Qual será o impacto real para o país e para o setor de defesa? Deixe sua opinião nos comentários abaixo e compartilhe este artigo com seus amigos para saber o que eles pensam também!


********


Com informações Revista Socieddade Militar 

 

Comentários

Veja os dez post mais visitados nos últimos sete dias