BOMBA! BOMBA! SERVIDOR RELATA AO STF PRESSÃO PARA PRODUZIR RELATÓRIO QUE LIGASSE LULA A FACÇÃO CRIMINOSA
![]() |
(crédito foto reprodução para ilustração do texto) |
Postagem publicada às 17h45 desta segunda-feira, 14 de julho de 2025.
Ex-analista de inteligência do
Ministério da Justiça revelou que foi orientado, na gestão Bolsonaro, a cruzar
dados eleitorais em busca de vínculo entre o então candidato e o Comando
Vermelho
Segundo Clebson, o objetivo do
levantamento era verificar se Lula teria obtido mais votos em regiões sob
controle do Comando Vermelho - (crédito:
Ricardo Stuckert/PR )x
Segundo Clebson, o objetivo do
levantamento era verificar se Lula teria obtido mais votos em regiões sob
controle do Comando Vermelho - (crédito: Ricardo Stuckert/PR )
Em depoimento prestado nesta
segunda-feira (14/7) ao Supremo Tribunal Federal (STF), o ex-analista de
inteligência Clebson Ferreira de Paula Vieira revelou ter sido pressionado,
durante o segundo turno das eleições de 2022, a produzir um levantamento que
vinculasse o então candidato Luiz Inácio Lula da Silva a áreas supostamente
dominadas por facções criminosas, como o Comando Vermelho (CV).
O pedido, segundo ele, partiu
diretamente da então diretora de Inteligência do Ministério da Justiça, Marília
Alencar, durante a gestão do ministro Anderson Torres no governo de Jair
Bolsonaro.
O servidor, que atuava na
Coordenação-Geral de Inteligência, afirmou ter recebido a ordem para cruzar
dados de votação do segundo turno com territórios associados a organizações
criminosas. Em mensagem enviada à ex-esposa à época, mencionada na audiência,
Clebson relatou o impacto emocional da solicitação: “Surgiu uma demanda
daquelas, diretamente da diretora (Marília Alencar). Eu estou muito mal, mas
tenho que acelerar”, escreveu no dia 21 de outubro de 2022.
Ao ser questionado pela
procuradora Gabriela Starling sobre o motivo de seu abalo emocional, Clebson
disse que sempre atuou de forma ética e receber aquele tipo de ordem,
contrariava sua índole.
“A gente que trabalha na
atividade de inteligência há alguns anos, a gente luta por conta da atividade
de inteligência imparcial, ética e, quando vê pessoas, com o mínimo possível de
autoridade, tentando destoar disso, a gente fica triste. A gente fica perdido”,
desabafou.
Segundo Clebson, o objetivo do
levantamento era verificar se Lula teria obtido mais votos em regiões sob
controle do Comando Vermelho, enquanto dados referentes ao desempenho eleitoral
de Jair Bolsonaro (PL) foram ignorados.
O ex-analista revelou que os
resultados do então presidente foram deixados de lado no cruzamento de
informações. “Depois de um certo tempo, foi pedido só Lula. Estavam em folhas
diferentes [o BI sobre os dados de Lula e Bolsonaro]”, declarou. A análise, segundo
ele, foi desenvolvida no software Microsoft Power BI, ferramenta utilizada para
visualização de dados estratégicos.
Testemunha de acusação
O STF ouviu Clebson na condição
de testemunha de acusação, no âmbito da investigação contra os núcleos 2, 3 e 4
da suposta tentativa de golpe de Estado para impedir a posse do presidente
eleito.
O chamado núcleo 2, em especial,
é acusado de usar estruturas da máquina pública, como a Polícia Rodoviária
Federal (PRF), para dificultar o acesso de eleitores às urnas, principalmente
no Nordeste, onde Lula registrou sua maior vantagem contra Bolsonaro.
*********
Com informações Correio Braziliense.
Comentários