BRASIL INVESTE SOZINHO MAIS DO QUE ARGENTINA, COLÔMBIA, PERU E CHILE JUNTOS; CONFIRÁ
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(crédito: foto reprodução "IA" Sociedade Militar) |
Postagem publicada às 11h33 desta segunda-feira, 14 de julho de 2025.
Com orçamento de US$ 22 bilhões e produção nacional de
aviões, tanques e mísseis, Brasil lidera a corrida militar na América Latina
com folga
Brasil investe sozinho mais do que Argentina, Colômbia, Peru
e Chile juntos, e é por isso que ninguém supera nossas Forças Armadas na
América Latina
Enquanto boa parte dos países latino-americanos lida com
forças armadas desatualizadas, orçamentos apertados e dependência de
equipamentos estrangeiros antigos, o Brasil se destaca como uma exceção
retumbante. Não se trata apenas de ser “o maior país da região”. O
Brasil construiu, ao longo de décadas, uma estrutura militar
que combina escala, autonomia industrial e poder de dissuasão, consolidando sua
posição como a maior potência militar da América Latina - e por ampla margem.
Uma comparação que fala por si: orçamento de defesa
O primeiro indicador dessa disparidade é financeiro. Em 2024,
o Brasil investiu mais de US$ 22 bilhões em seu setor de defesa, de acordo com
dados do Instituto Internacional de Estudos Estratégicos (IISS), mantendo a
liderança absoluta no continente. Esse valor representa mais do que a soma dos
orçamentos militares de Argentina (US$ 3 bi), Colômbia (US$ 11 bi), Chile (US$
2,5 bi) e Peru (US$ 2 bi) juntos.
Para efeitos de analogia, se o investimento militar da
América Latina fosse um campo de futebol, o Brasil jogaria sozinho em uma liga
de primeira divisão, enquanto os demais países estariam dividindo os gramados
da série B.
Essa diferença se reflete diretamente na capacidade de manter
um efetivo grande e moderno, investir em inovação tecnológica, manter bases
operacionais ativas em todos os biomas, patrulhar fronteiras e projetar
influência regional e internacional.
O Brasil não apenas compra - ele fabrica
Enquanto países como Argentina ou Peru dependem de
importações esporádicas para manter seus estoques militares operacionais, o
Brasil possui uma das indústrias de defesa mais completas do hemisfério sul.
Empresas como Embraer, Avibras, IMBEL e Condor são responsáveis por desenvolver
e fabricar equipamentos que vão desde veículos blindados, aviões, foguetes,
mísseis e armamento leve até tecnologias de comunicação criptografada e
radares.
O cargueiro militar KC-390 Millennium, desenvolvido pela
Embraer em parceria com a Força Aérea Brasileira, já foi adquirido por três
países da OTAN — Portugal, Hungria e Holanda. Já o A-29 Super Tucano, também da
Embraer, é utilizado por mais de 15 países em combate real, incluindo os
Estados Unidos em operações de treinamento.
Países como Chile ou México ainda não têm indústrias
militares comparáveis, e até mesmo a Colômbia, que possui um setor de defesa
relevante, está longe do nível de autonomia e escala da base industrial
brasileira.
O contrato inicial de 36 aeronaves prevê a transferência de
tecnologia, montagem de parte da frota no Brasil e formação de uma cadeia
produtiva nacional. O Gripen E é equipado com radar AESA, sensores IRST,
sistema de guerra eletrônica e capacidade de operar em rede — características
que nenhuma outra força aérea latino-americana possui no mesmo nível.
Enquanto isso, a Argentina opera caças A-4 modernizados, e o
México ainda mantém aviões F-5 Tiger antigos. A Colômbia negocia a compra de
novos caças há anos, sem concretização.
Além dos caças, a FAB possui aviões de patrulha e vigilância
como o E-99 (versão AEW&C do ERJ-145), sistemas de mísseis antiaéreos em
expansão e satélite de observação como o Amazônia-1, usado para monitoramento
territorial e ambiental.
Um dos destaques é o blindado Guarani 6×6, veículo de
transporte de tropas desenvolvido nacionalmente e já exportado para países como
as Filipinas. Esse tipo de produção local garante ao Brasil maior autonomia
logística em caso de conflito prolongado ou ruptura comercial internacional.
Além disso, o Exército mantém escolas militares de elite,
como a AMAN e o IME, e lidera missões de paz da ONU, como a histórica operação
no Haiti (MINUSTAH), onde mais de 30 mil soldados brasileiros passaram entre
2004 e 2017.
Por comparação, o exército chileno conta com pouco mais de 45
mil homens, enquanto o argentino tem 74 mil e o colombiano, embora bem
treinado, ainda é fortemente focado em conflitos internos.
Marinha do Brasil: submarinos nucleares e presença oceânica
A Marinha do Brasil se destaca por ser a única da América
Latina com um programa ativo de submarinos com propulsão nuclear. O projeto,
conhecido como PROSUB, é fruto de uma parceria com a França e já entregou
quatro submarinos convencionais da classe Riachuelo.O primeiro submarino
nuclear, o Álvaro Alberto, está previsto para ser lançado até o final da
década. Nenhum outro país da América do Sul sequer cogita essa capacidade.
A Marinha também opera fragatas, navios de desembarque,
patrulhas oceânicos, aeronaves embarcadas e helicópteros de ataque. Além disso,
mantém bases estratégicas no Atlântico Sul e uma presença crescente na costa
africana, participando de operações multinacionais e treinamentos com marinhas
da Europa e da África.
A presença no mar é fundamental para proteger a chamada
Amazônia Azul, área de 5,7 milhões de km² de águas jurisdicionais brasileiras,
rica em petróleo, biodiversidade e rotas comerciais. Chile e Argentina têm
frotas menores e foco prioritário em águas costeiras, enquanto a Venezuela
enfrenta dificuldades operacionais severas.
Esquema interno do submarino Álvaro Alberto, primeiro da
Marinha do Brasil com propulsão nuclear.
Comparações diretas com países vizinhos
País Orçamento
(USD) Efetivo ativo Caças modernos Submarinos
nucleares Indústria bélica local
Brasil US$ 22 bi 360.000 Gripen
E, A-29, E-99 Em construção Completa e exportadora
México US$ 8 bi 280.000 F-5
antigos Não Limitada
Colômbia US$ 11 bi 250.000 Kfir
(em retirada) Não Média
Argentina US$ 3 bi 74.000 A-4AR
modernizado Não Quase inexistente
Chile US$ 2,5 bi 45.000 F-16
usados Não Limitada
Peru US$ 2 bi 95.000 Mirage
2000, MiG-29 Não Pequena
A posição do Brasil na ONU e o papel de liderança
internacional
O Brasil já foi cotado como membro permanente do Conselho de
Segurança da ONU e lidera missões de paz, como no Líbano (UNIFIL) e na
República Democrática do Congo. Essa projeção internacional só é possível com
forças armadas organizadas, autossuficientes e bem treinadas.
Além disso, o país é o único da região a participar de fóruns
militares multilaterais com potências como EUA, França e Índia. Recentemente,
Brasil e Índia assinaram acordos para cooperação em ciberdefesa e satélites de
observação conjunta.
Cenário futuro: mais investimentos e protagonismo no
Atlântico Sul
Nos próximos anos, a tendência é que o Brasil mantenha ou até
aumente seu investimento militar, com foco em:
Conclusão do submarino nuclear
Ampliação da frota de Gripen E
Desenvolvimento de mísseis hipersônicos e sistemas antiaéreos
nacionais
Consolidação da indústria espacial com novos lançamentos a
partir de Alcântara
Enquanto isso, muitos vizinhos enfrentam limitações
econômicas, instabilidade política ou embargos externos. Isso amplia ainda mais
o abismo entre o poder militar brasileiro e o dos demais países sul-americanos.
Brasil: uma potência incontestável na região
Seja pelo tamanho, orçamento, tecnologia, presença
internacional ou autonomia industrial, o Brasil se consolidou como a principal
força militar da América Latina. Nenhum país vizinho consegue igualar sua
combinação de escala, inovação, capacidade de dissuasão e influência
geopolítica.
Em um mundo cada vez mais instável, o Brasil não apenas
protege suas fronteiras e riquezas naturais - ele projeta poder, exporta
tecnologia e molda a segurança regional com protagonismo e responsabilidade.
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Com informações, fotos Revista Siciedade Militar.
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