VENEZUELA ENTRA EM ALERTA MILITAR APÓS EUA DOBRAREM RECOMPENSA PARA R$ 270 MILHÕES, VALOR SUPERIOR PAGO POR OSOMA BIN LADEN

(crédito: foto reprodução "IA" Sociedade Militar)

Postagem publicada às 05h40 desta terça-feira, 12 de agosto de 2025.

A tensão entre a Venezuela e os Estados Unidos ganhou novos contornos nesta semana, despertando alertas nas Forças Armadas venezuelanas.

Segundo informações do portal ”CNN Brasil”, o governo norte-americano dobrou a recompensa pela captura do presidente Nicolás Maduro, aumentando de 25 para 50 milhões de dólares o valor oferecido por informações que levem à sua prisão.

Este aumento significativo reforça a escalada das pressões internacionais contra o regime venezuelano, que reage com firmeza e determinação.

Na última sexta-feira (8), o general-chefe das Forças Armadas da Venezuela, Vladimir Padrino López, declarou que o país está em “alerta permanente” para enfrentar qualquer ameaça à sua estabilidade e à paz da população.

“Nos declaramos em alerta permanente para enfrentar, combater e qualquer ação que atente contra a estabilidade e a paz dos cidadãos, assim como a proteção do território nacional”, afirmou o militar, em comunicado oficial.

Recompensa Americana Dobra e Vincula Maduro a Cartéis

A ofensiva americana ganhou força um dia antes, quando Pam Bondi, procuradora-geral dos EUA, anunciou o aumento da recompensa, vinculando Maduro a grupos criminosos de grande impacto, como o Trem de Arágua e o Cartel de Sinaloa.

Essa ligação entre o presidente venezuelano e organizações de narcotráfico tem sido repetidamente negada pelo regime.

“Estas fantasiosas, ilegais e desesperadas ofertas ao estilo western de Hollywood representam um ato a mais de ingerência nos assuntos internos da nação, que violam flagrantemente o direito internacional e os princípios da autodeterminação dos povos”, rebatem as Forças Armadas, segundo o comunicado.

Defesa da Soberania e Lealdade a Maduro

O texto também ressalta que o Exército Venezuelano está disposto a defender a soberania do país a qualquer custo, inclusive com a própria vida, se necessário.

“Continuaremos defendendo a liberdade, a independência e a soberania desta amada Pátria, em perfeita fusão popular-militar-policial, até com a própria vida, se necessário”, destacou Padrino López.

Contexto das Sanções e Acusações contra Maduro

Desde que Donald Trump intensificou as sanções contra a Venezuela, o governo americano tem mantido uma postura agressiva contra o presidente Maduro, acusando-o de corrupção, violações de direitos humanos e envolvimento com o narcotráfico.

Apesar das acusações, o regime venezuelano mantém sua narrativa de resistência contra o que chama de “chantagens” e “ultimatos insolentes” das potências estrangeiras.

“Não somos sujeitos a chantagens, nem aceitaremos ultimatos insolentes de potências estrangeiras que pretendam impor sua agenda mediante intimidação e mentira”, reforçam as Forças Armadas em seu comunicado.

Maior Recompensa Já Oferecida pela Casa Branca

A recompensa de 50 milhões de dólares é a maior já oferecida pela Casa Branca por um líder estrangeiro vivo.

Para se ter ideia do valor, após os ataques terroristas de 11 de setembro de 2001, a recompensa por informações que levassem à prisão de Osama Bin Laden chegou a 25 milhões de dólares, metade do valor atual oferecido por Maduro.

Este fato evidencia a importância que os EUA atribuem à captura do presidente venezuelano, e ao mesmo tempo revela o aumento da tensão entre as duas nações.

Alianças Internacionais e Futuro Incerto

Em meio a esse cenário, a Venezuela mantém seus laços políticos e econômicos com países aliados como Rússia, China, Cuba e Irã, que têm reforçado seu apoio ao regime de Maduro.

A conjuntura internacional e regional é complexa e tende a influenciar diretamente o futuro político e social do país sul-americano.

Enquanto isso, as Forças Armadas venezuelanas seguem mobilizadas, preparadas para qualquer eventualidade e reafirmando sua lealdade incondicional ao governo de Nicolás Maduro.

Este episódio marca mais um capítulo na crise venezuelana, que desde 2013 enfrenta sanções, dificuldades econômicas e disputas internas, sem sinais claros de resolução no curto prazo.


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Com informações Revista Sociedade Militar. 

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