DONO DA ULTRAFARMA QUE JÁ ERA ALVO DE NOVO MANDADO DE PRISÃO POR NÃO PAGAMENTO DE FIANÇA DE R$ 25 MILHÕES, CONSEGUE HABEAS CORPUS
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(crédito: foto reprodução "IA" /Arquivo do Blog Eterno Aprendiz) |
Postagem publicada às 19 horas desta sexta-feira, 22 de agosto de 2025.
A defesa do empresário Sidney Oliveira, dono e fundador da
Ultrafarma, conseguiu um habeas corpus nesta sexta-feira (22) e, com isso, ele
não precisará pagar a fiança de R$ 25 milhões por sua soltura.
A decisão de suspensão da exigência de pagamento de fiança é em caráter liminar - ou seja - até o julgamento final do caso.
Ontem, quinta-feira (21), o Ministério Público fez novo
pedido de prisão contra Sidney após ter constatado que o empresário não havia
pago a fiança.
Já na sexta-feira passada (15), a Justiça determinou a
soltura dele e de Mario Otávio Gomes, diretor estatutário do grupo Fast Shop,
sob condição de usarem tornozeleira eletrônica e pagarem fiança de R$ 25
milhões.
O escritório Warde Advogados, responsável pela defesa e Sidney, afirmou em nota:
"1. No dia 21 de agosto, o Ministério Público requereu nova prisão, sob a alegação de descumprimento do prazo para recolhimento da fiança. 2. No mesmo dia, a Defesa demonstrou que o prazo para cumprimento da obrigação se encerrava em 22 de agosto (sexta-feira), e não em 21 de agosto (quinta-feira), como alegado. 3. Também em 21 de agosto, a Defesa impetrou habeas corpus junto ao Tribunal de Justiça do Estado de São Paulo, requerendo a suspensão da fiança arbitrada. 4. Na data de hoje, o Tribunal de Justiça do Estado de São Paulo acolheu o pedido da Defesa no habeas corpus e, em decisão liminar, suspendeu a exigibilidade da fiança, afastando a possibilidade de nova prisão e restabelecendo o devido processo legal."
O diretor da Fast Shop também conseguiu um habeas corpus na 11ª Câmara de Direito Criminal do TJ SP para suspender a obrigatoriedade do pagamento da fiança, também de R$ 25 milhões.
O auditor fiscal Artur Gomes da Silva Neto teve a prisão temporária prorrogada. O Tribunal de Justiça não informou o período. Enquanto o fiscal Marcelo de Almeida Gouveia teve a prisão preventiva mantida.
Os três são alvo de uma operação do Ministério Público de São
Paulo (MP-SP) que investiga um esquema de corrupção envolvendo auditores
fiscais tributários da Secretaria de Estado da Fazenda e foram presos
temporariamente na terça-feira (12).
O juiz Paulo Fernando Deroma De Mello incluiu, entre as
medidas cautelares, os seguintes pontos:
- Comparecer mensalmente em juízo;
- Proibição de frequentar prédios relacionados com a Secretaria
da Fazenda do Estado de São Paulo, salvo se devidamente convocados;
- Proibição de manter contato com demais investigados e
testemunhas;
- Proibição de se ausentar da comarca, sem prévia comunicação
ao Juízo;
- Recolhimento domiciliar noturno e nos dias de folga, após às
20h;
- Entrega de passaporte no primeiro dia útil após a soltura.
- Em nota, o MP-SP informou que, além de Sidney e Mario, também
foi liberada Tatiane de Conceição Lopes (mulher do operador Celso Éder Gonzaga
Araújo).
A Fast Shop informou, também por um comunicado, que "está colaborando integralmente com as autoridades. E reforça que as investigações tramitam sob sigilo judicial".
A Ultrafarma afirmou que está colaborando com a investigação
e que "as informações veiculadas serão devidamente esclarecidas no
decorrer do processo e demonstrará a inocência no curso da instrução. A marca
segue comprometida com a transparência, a legalidade e trabalho legítimo,
sobretudo, com a confiança que milhões de brasileiros depositam diariamente na
empresa".
Há alguns meses, o advogado Fernando Capez celebrou um Acordo
de Não Persecução Pen(ANPP) com o Ministério Público de SP. Em nota, ele
afirmou que seu então cliente reconheceu irregularidades tributárias. O acordo
foi homologado pela Justiça, e os valores devidos foram parcelados e estão
sendo pagos.
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Com informações O Globo/CNN Brasil.
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