QUEM SÃO AS AUTORIDADES BRASILEIRAS QUE VÃO FICAR SEM VISTO DOS ESTADOS UNIDOS
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Ministros durante sessão plenária
no STF (Foto: Carlos Moura/SCO/STF) |
Postagem publicada às 2h30 deste domingo, 20 de julho de 2025.
O cancelamento dos vistos se estende a familiares dos ministros do Supremo Tribunal Federal
O governo dos Estados Unidos
decidiu cancelar o visto não só do ministro Alexandre de Moraes, mas também de
outros sete magistrados do Supremo Tribunal Federal. A medida é em retaliação a
decisão de Moraes de por tornozeleira eletrônica no ex-presidente Jair
Bolsonaro.
O cancelamento dos vistos se
estende a familiares dos ministros do STF. Na lista estão Luís Roberto Barroso,
Dias Toffoli, Cristiano Zanin, Flavio Dino, Cármen Lúcia, Edson Fachin e Gilmar
Mendes. A justificativa formal para anular os vistos, segundo divulgado pela
Casa Branca, foi que as pessoas atingidas se enquadram em situação que
"possivelmente teria consequências adversas e graves para a política
externa dos EUA".
Já André Mendonça, Luiz Fux e
Nunes Marques não teriam sido prejudicados. Mendonça e Nunes Marques foram
nomeados por Bolsonaro para o STF. Fux tem questionado votos e penas de
acusados de tentativa de golpe no País.
A decisão foi anunciada pelo
secretário de Estado do governo de Donald Trump, Marco Rubio. Procurado, o STF
não se manifestou.
Os sete afetados pela decisão do
governo Donald Trump tem sido acusados pelos bolsonaristas de agir contra o
ex-presidente da República. O grupo de ministros também votou a favor de
mudanças nas regras de responsabilização das plataformas digitais, tema sensível
para Trump que se opõe à regulação.
À exceção de Gilmar Mendes de
Moraes, os demais ministros foram indicados para vaga no STF por gestões
petistas. Gilmar foi nomeado pelo ex-presidente Fernando Henrique Cardoso e
Moraes por Michel Temer.
A ministra das Relações
Institucionais do governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva,Gleisi
Hoffmann, reagiu à decisão do governo dos Estados Unidos. Segundo Gleisi
Hoffmann, a decisão é uma "afronta" ao Poder Judiciário brasileiro e
à soberania nacional".
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Com informações Agência Estado.
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