SUPERIOR TRIBUNAL MILITAR CONDENA OFICIAL DO EXÉRCITO A PRISÃO POR HOMICÍDIO E OCULTAÇÃO DE CADAVERES DE GARIPEIROS NA FRONTEIRA COM A VENEZUELA
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| (crédito: foto reprodução "IA"/Plenário do Superior Tribunal Militar.) |
Postagem publicada às 21h45 desta terça-feiira, 03 de junho de 2025.
Na madrugada de 21 de setembro de 2023, um pelotão do
Exército perseguiu três garimpeiros no rio Uraricoera, em Roraima, dentro de
terra indígena. Dois foram executados: um com um tiro de fuzil e outro
esfaqueado até a morte. Os corpos foram amarrados a um barco do Exército e
jogados no rio. O terceiro, ferido com balas de borracha, sobreviveu e
denunciou o caso.
- Laudo e provas contundentes
O IML, segundo o site do Superior Tribunal Militar (STM),
confirmou que uma vítima teve “insuficiência respiratória por secção completa
da traqueia, causada por instrumento perfurocortante”, ou seja, a garganta
cortada. O disparo fatal saiu do fuzil do tenente cujo nome não foi revelado,
conforme exames balísticos. Um indígena, guia dos militares, corroborou a
versão do sobrevivente.
STM determina prisão de tenente por crimes brutais. Vítimas
foram executadas e corpos ocultados no rio Uraricoera; ministro cita “extrema
gravidade” e risco à disciplina militar.
- Justiça Militar reviravolta
A 1ª Instância em Manaus prendeu o tenente, mas a decisão foi
revogada por uma juíza, que citou “contradições” no depoimento do indígena. O
Ministério Público Militar (MPM) recorreu ao STM,
apresentando novas provas. O relator, ministro Carlos Vuyk de Aquino, destacou
a “extrema gravidade dos fatos” e o risco de o acusado coagir testemunhas.
- Prisão do comandante, não da tropa
O STM aceitou parcialmente o pedido do MPM, prendendo apenas
o tenente. Em seu voto, Aquino afirmou: “Há relatos de que o réu se vale de sua
patente para coagir colegas a sustentarem versão fictícia dos fatos”. A corte
também proibiu o militar de contatar testemunhas ou portar armas.
- Caso sob segredo de Justiça
O caso tramita em segredo de Justiça e, por isso, o nome do
tenente não foi divulgado. O militar já responde a uma ação penal na Justiça
Militar da
União, em Manaus, e é alvo de um segundo Inquérito Policial
Militar (IPM), aberto pelo Exército, para apurar a participação dos demais
militares.
O MPM sustenta que, além dos homicídios, houve ocultação de
cadáver e destruição de provas. Conforme a Veja, “o Ministério Público Militar
denunciou todos os envolvidos com o caso pelos crimes de homicídio, ocultação
de cadáver e destruição de provas, pedindo a prisão de todos”.
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Com informações da Revista Sociedade Militar.
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