MORAES CONCEDE PRISÃO DOMICILIAR AO DEPUTADO CHIQUINHO BRAZÃO
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| (crédito : Agência Brasil) |
Postagem publicada às 18h35 desta sexta-feira, 11 de abril de 2025.
O ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal
(STF), mandou soltar, nesta sexta-feira (11), o deputado federal Chiquinho
Brazão (foto) (sem partido-RJ), um dos réus na ação penal sobre o assassinato
da vereadora Marielle Franco e do motorista Anderson Gomes, ocorrido em 2018,
no Rio de Janeiro.
Brazão está preso no presídio federal de Campo Grande e
deverá ficar em prisão domiciliar, além de cumprir medidas cautelares como uso
de tornozeleira eletrônica, proibição de utilizar redes sociais, ter contato
com outros investigados e receber visitas sem autorização.
A decisão do ministro foi motivada por um pedido de soltura
feito pela defesa de Brazão. Os advogados alegaram que o deputado corre “risco
elevado de morte” na prisão. Os
defensores citaram que ele tem diversos problemas de saúde.
A defesa relatou a ocorrência de episódios recentes de angina
(dor provocada pelo baixo volume de sangue no coração). Os advogados afirmaram
que ele já passou por um cateterismo e a instalação cirúrgica de um stent
(dispositivo para restaurar o fluxo sanguíneo) após exames constatarem a
obstrução de duas artérias coronarianas.
Relatório médico
Na decisão, Moraes concordou com o relatório médico
apresentado pelo presídio de Campo Grande. Segundos os médicos, Brazão possui
"delicada condição de saúde e tem "alta possibilidade de sofrer mau
súbito com risco elevado de morte”.
"Efetivamente, neste caso, o caráter humanitário da
prisão domiciliar está em consonância com o estado de saúde do réu, devidamente
avaliado pelo Sistema Penal Federal", afirmou o ministro.
Antes da decisão, a Procuradoria-Geral da República (PGR) se
manifestou contra a prisão domiciliar. Para a PGR, a doença coronariana de
Brazão é anterior à prisão e pode ser tratada por meio de
atendimento médico no presídio federal.
Réus
Além de Chiquinho Brazão, o irmão dele, o conselheiro do
Tribunal de Contas do Rio de Janeiro (TCE-RJ) Domingos Brazão, e o ex-chefe da
Polícia Civil do Rio de Janeiro, Rivaldo Barbosa, são réus no caso Marielle
Franco. Eles também estão em presídios federais.
De acordo com a investigação da Polícia Federal, o
assassinato de Marielle está relacionado ao posicionamento contrário da
parlamentar aos interesses do grupo político liderado pelos irmãos Brazão, que
têm ligação com questões fundiárias em áreas controladas por milícias no Rio.
Conforme a delação premiada do ex-policial Ronnie Lessa, réu
confesso que efetuou os disparos de arma de fogo contra a vereadora Marielle,
os irmãos Brazão e Rivaldo Barbosa atuaram como mandantes. Barbosa teria
participado dos preparativos da execução do crime.
Desde o início das investigações, os acusados negam
participação no crime. Em novembro do ano passado, Lessa e o ex-policial Élcio
de Queiroz, que dirigiu o carro usado no crime, foram condenados pelo 4º
Tribunal do Júri do Rio de Janeiro. Ronnie Lessa foi sentenciado a 78 anos,
nove meses e 30 dias de prisão. Élcio a 59 anos, oito meses e dez dias.
Ontem (10), o ministro Alexandre de Moraes concedeu prazo de
30 dias para apresentação das alegações finais dos réus. As alegações fazem
parte da última etapa antes do julgamento do processo.
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Com informações Agência Brasil.

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