À BEIRA DO CAOS: CONFLITO COMERCIAL ENTRE EUA E CHINA PODE SER O ESTOPIM DA 3ª GUERRA MUNDIAL
| (crédito: Sociedade Militar) |
Postagem publicada às 21h35 desta quarta-feira, 09 de abril de 2025.
A tensão entre China e Estados Unidos volta a escalar em 2025
com novas tarifas e provocações econômicas. Especialistas veem paralelos
perigosos com os anos que antecederam a Segunda Guerra Mundial. O temor de uma
possível 3ª Guerra Mundial ganha força em meio ao cenário geopolítico cada vez
mais instável e imprevisível.
O mundo assiste apreensivo a uma escalada de tensão que vai
muito além de cifras, impostos ou contratos comerciais.
Nos bastidores do comércio internacional, uma disputa
silenciosa entre potências econômicas pode acender o estopim de um conflito
militar global sem precedentes.
O que começou com uma guerra tarifária entre Estados Unidos e
China já gera ondas de instabilidade que reverberam em escala planetária.
Especialistas alertam: o planeta pode estar se aproximando
perigosamente de uma nova guerra mundial – desta vez, desencadeada por disputas
econômicas.
Especialistas veem paralelos com o passado sombrio
Em 2018, o então presidente dos Estados Unidos, Donald Trump,
deu início a uma ofensiva comercial contra a China e diversos parceiros
internacionais, impondo tarifas agressivas sobre produtos estrangeiros em nome
da proteção da indústria norte-americana.
A China retaliou à altura, elevando suas próprias taxas sobre
importações norte-americanas.
Esse conflito ganhou novos capítulos nos últimos meses, agora
sob o governo Biden, que manteve e até ampliou parte das medidas tarifárias,
principalmente em setores estratégicos como semicondutores, baterias e
tecnologia de ponta.
Segundo analistas de comércio internacional, esse ambiente
crescente de hostilidade econômica remete diretamente ao período pré-Segunda
Guerra Mundial, quando políticas protecionistas extremas – como o famoso
“beggar-thy-neighbour” (“empobreça seu vizinho“) – alimentaram nacionalismos,
rivalidades e instabilidades que culminaram no maior conflito bélico do século
XX.
Retaliações acirradas e clima de confronto
A tensão recente aumentou após a decisão dos EUA, em janeiro
de 2025, de reforçar tarifas sobre produtos tecnológicos chineses,
especialmente painéis solares, baterias de carros elétricos e processadores.
A China respondeu com o bloqueio temporário à importação de
produtos agrícolas norte-americanos, afetando bilhões em contratos comerciais.
Além disso, o governo chinês ameaçou romper acordos
bilaterais estratégicos e investiu pesadamente na substituição de componentes
norte-americanos em sua cadeia produtiva.
Com isso, especialistas em geopolítica e economia
internacional passaram a considerar a possibilidade real de que essa guerra
econômica evolua para um confronto mais agressivo entre os dois países, com
consequências militares.
A guerra fria do século XXI?
A nova guerra comercial se tornou uma verdadeira “Guerra Fria
2.0“, onde o campo de batalha envolve redes 5G, inteligência artificial,
veículos elétricos e o domínio tecnológico global.
Mas, diferentemente da Guerra Fria do século XX, agora não há
barreiras ideológicas tão definidas.
Ambos os países dependem mutuamente em várias cadeias de
produção – mas também competem ferozmente pelo controle dos insumos que
definirão o futuro da economia mundial.
É nesse cenário que cresce o temor de que essa tensão possa
ultrapassar a esfera econômica e se transformar em um confronto armado de
grandes proporções.
Alguns analistas mais pessimistas já cunharam a expressão
“Terceira Guerra Mundial Econômica”, alertando que os mecanismos diplomáticos
tradicionais estão perdendo força diante do avanço das rivalidades tecnológicas
e comerciais.
O alerta da academia: estamos brincando com fogo?
Em entrevista recente, o economista José Luis Oreiro, doutor
pela UFRJ e professor da Universidade de Brasília (UnB), chamou atenção para os
perigos dessa nova configuração global.
“Estamos revivendo um cenário semelhante ao dos anos 1930.
Tarifas sobre tarifas, retaliações em cadeia, nacionalismos exacerbados… e
sabemos como aquilo terminou”, afirmou o especialista.
Outros acadêmicos apontam que o mundo pós-pandemia se tornou
mais instável, e qualquer faísca – inclusive uma decisão puramente comercial –
pode virar um incêndio internacional.
Impactos globais e consequências imprevisíveis
A guerra comercial entre Estados Unidos e China já afeta
diretamente mercados emergentes, cadeias de suprimento e acordos internacionais
de cooperação.
Países que dependem de exportações para ambas as nações, como
o Brasil, enfrentam dilemas sobre alinhamento estratégico, além de sofrer com
variações cambiais, inflação de produtos importados e escassez de tecnologias.
Com a globalização em xeque e o protecionismo em alta, cresce
o risco de uma nova ordem mundial marcada pelo confronto, pela divisão e por
interesses nacionalistas radicais.
Se essa tendência continuar sem mediação diplomática eficaz,
é possível que a humanidade entre em um período de ruptura tão intenso quanto
os que marcaram as Guerras Mundiais anteriores.
O que esperar do futuro?
A paz global, hoje, não depende apenas de tanques ou mísseis,
mas de decisões tomadas em reuniões comerciais e fóruns econômicos.
Cada tarifa imposta, cada embargo declarado, carrega um peso
geopolítico que pode desestabilizar regiões inteiras.
O alerta está dado: se o mundo ignorar os sinais da história
e seguir alimentando disputas econômicas com retaliações e isolacionismo, o
próximo conflito global pode começar não com tiros, mas com uma nova tarifa
comercial.
E o mundo, mais uma vez, pagará o preço por não ter aprendido
com o passado.
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Com informações da Revista Sociedade Militar.
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