QUEM É “TH JOIAS” DEPUTADO E JOALHEIRO ALVO DE OPERAÇÃO DA POLÍCIA CIVIL- RJ POR SUPOSTO TRÁFICO E LAVAGEM DE DINHEIRO NESTA TERÇA-FEIRA (03/09)

(crédito: Juliana Passos/Alerj)

Postagem publicada às 7h50 desta terça-feira, 03 de setembro de 2025.

Entre 2017 e 2018, TH Joias foi preso após uma operação da Polícia Civil do Rio de Janeiro. Segundo o inquérito, ele passou 10 meses na cadeia suspeito de pagar propina a policiais e de envolvimento com o tráfico de drogas e armas.


O deputado estadual Thiego Raimundo dos Santos Silva, o TH Joias, do MDB, (foto) é alvo de uma operação deflagrada na manhã desta quarta-feira (3) pela Polícia Federal, Ministério Público do Rio de Janeiro (MPRJ) e Polícia Civil do RJ. Aos 36 anos, o parlamentar é investigado por tráfico de drogas, corrupção, lavagem de dinheiro e por supostamente negociar armas com o Comando Vermelho (CV).

Antes de entrar na política, TH ficou famoso ao ver suas peças de ouro e diamantes usadas por jogadores como Neymar, Vini Jr. e Adriano Imperador ou pela cantora Ludmilla.

A história do joalheiro começou no Morro do Fubá, na Zona Norte do Rio, onde nasceu. Lá, TH herdou o ofício de seu pai, Juberto.

Após as aulas, o menino ia para a loja da família em Madureira acompanhar o trabalho do pai como ourives e como administrador do local. Aos 19 anos, o caçula de cinco irmãos herdou o negócio e começou a vender joias.

Ao mesmo tempo em que deslanchava nos negócios, TH apoiava projetos no interior das favelas e patrocinava festas como a do Dia das Crianças em Honório Gurgel. Além disso, usava recursos próprios para financiar atletas e músicos em favelas.

O interesse pela política aconteceu ao conhecer o ex-policial Marcos Falcon, presidente da Portela, que disputava uma vaga como vereador na Câmara do Rio. Falcon foi assassinado dias antes da eleição de 2016.

Entre 2017 e 2018 foi preso após operação da Polícia Civil do Rio de Janeiro. Passou 10 meses na cadeia por suspeita, de acordo com o inquérito, de pagar propina a policiais e vender drogas e armas. Também anteciparia a traficantes de comunidades como Muquiço, Vila Aliança, Serrinha e Complexo da Maré as operações policiais.

Nas investigações da Polícia Civil, TH é apontado como responsável por lavar dinheiro para as facções Comando Vermelho, Terceiro Comando Puro e Amigo dos Amigos (ADA).

Essa proximidade com a política levou TH ao MDB. Na eleição de 2022, ele ganhou 15.105 votos. Ficou como suplente e conquistou a vaga na Alerj, em 2024 com o falecimento de Otoni de Paula pai. Como Rafael Picciani preferiu ficar na Secretaria Estadual de Esporte e Lazer abriu espaço para o deputado Thiego Santos, o TH, que tomou posse após obter um habeas corpus em que garante que responda o processo em liberdade.

Em 2024, à revista Veja, TH se defendeu: "Não tem trânsito em julgado, sou réu primário, ficha limpa".

Atualmente, o deputado presidente a Comissão de Defesa Civil da Alerj, responsável por coordenar ações de prevenção a desastres nas cidades do RJ.


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Com  informações g1 Rio de Janeiro

 

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