QUEM É “TH JOIAS” DEPUTADO E JOALHEIRO ALVO DE OPERAÇÃO DA POLÍCIA CIVIL- RJ POR SUPOSTO TRÁFICO E LAVAGEM DE DINHEIRO NESTA TERÇA-FEIRA (03/09)
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(crédito: Juliana Passos/Alerj) |
Postagem publicada às 7h50 desta terça-feira, 03 de setembro de 2025.
Entre 2017 e 2018, TH Joias foi preso após uma operação da Polícia Civil do Rio de Janeiro. Segundo o inquérito, ele passou 10 meses na cadeia suspeito de pagar propina a policiais e de envolvimento com o tráfico de drogas e armas.
Antes de entrar na política, TH ficou famoso ao ver suas
peças de ouro e diamantes usadas por jogadores como Neymar, Vini Jr. e Adriano
Imperador ou pela cantora Ludmilla.
A história do joalheiro começou no Morro do Fubá, na Zona
Norte do Rio, onde nasceu. Lá, TH herdou o ofício de seu pai, Juberto.
Após as aulas, o menino ia para a loja da família em
Madureira acompanhar o trabalho do pai como ourives e como administrador do
local. Aos 19 anos, o caçula de cinco irmãos herdou o negócio e começou a
vender joias.
Ao mesmo tempo em que deslanchava nos negócios, TH apoiava
projetos no interior das favelas e patrocinava festas como a do Dia das
Crianças em Honório Gurgel. Além disso, usava recursos próprios para financiar
atletas e músicos em favelas.
O interesse pela política aconteceu ao conhecer o ex-policial
Marcos Falcon, presidente da Portela, que disputava uma vaga como vereador na
Câmara do Rio. Falcon foi assassinado dias antes da eleição de 2016.
Entre 2017 e 2018 foi preso após operação da Polícia Civil do
Rio de Janeiro. Passou 10 meses na cadeia por suspeita, de acordo com o
inquérito, de pagar propina a policiais e vender drogas e armas. Também
anteciparia a traficantes de comunidades como Muquiço, Vila Aliança, Serrinha e
Complexo da Maré as operações policiais.
Nas investigações da Polícia Civil, TH é apontado como
responsável por lavar dinheiro para as facções Comando Vermelho, Terceiro
Comando Puro e Amigo dos Amigos (ADA).
Essa proximidade com a política levou TH ao MDB. Na eleição
de 2022, ele ganhou 15.105 votos. Ficou como suplente e conquistou a vaga na
Alerj, em 2024 com o falecimento de Otoni de Paula pai. Como Rafael Picciani
preferiu ficar na Secretaria Estadual de Esporte e Lazer abriu espaço para o
deputado Thiego Santos, o TH, que tomou posse após obter um habeas corpus em
que garante que responda o processo em liberdade.
Em 2024, à revista Veja, TH se defendeu: "Não tem
trânsito em julgado, sou réu primário, ficha limpa".
Atualmente, o deputado presidente a Comissão de Defesa Civil
da Alerj, responsável por coordenar ações de prevenção a desastres nas cidades
do RJ.
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Com informações g1 Rio de Janeiro
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