FAB INTERDITA MAIS DE 200 KM DO LITORAL ATÉ 8 DE OUTUBRO EM EXERCÍCIO COM TIROS REAIS DE A-29 SUPER TUCANO

(crédito: foto reprodução "IA" Sociedade Militar para ilustração do texto)


Interdição da Força Aérea Brasileira envolve aeronaves A-29 Super Tucano, atinge pescadores e navegadores e reforça operações estratégicas de defesa nacional

A Força Aérea Brasileira (FAB) interditou uma extensa área marítima localizada entre o litoral de Santa Catarina e o Rio Grande do Sul, medida que segue em vigor até o dia 8 de outubro. O bloqueio foi decretado devido à realização de exercícios militares de grande porte, com disparos de aeronaves A-29 Super Tucano, cujos projéteis terão impacto direto no mar.

Por razões de segurança aérea e marítima, a Marinha e a Prefeitura de Mostardas orientaram pescadores, embarcações de turismo e navegadores em geral a não circularem na região durante todo o período da operação. A interdição busca evitar acidentes, já que os exercícios incluem tiros reais, considerados de alto risco para quem estiver dentro do perímetro estabelecido.

Coordenadas detalhadas e região atingida

A área interditada compreende as seguintes coordenadas:

29°20’32”S / 049°05’32”W

29°27’02”S / 049°32’02”W

30°38’02”S / 050°09’32”W

31°06’32”S / 050°29’32”W

31°24’02”S / 050°19’32”W

Na prática, o bloqueio cobre a faixa litorânea que vai de Jaguaruna a Garopaba, em Santa Catarina, com pontos de maior concentração próximos ao município de Laguna.

De acordo com a Aeronáutica, “o bloqueio é indispensável para a segurança da população, já que os disparos realizados durante o treinamento podem atingir a superfície marítima”.

Manobras militares simulam cenários de combate

As atividades estão sendo conduzidas pelo 1º/14º Grupo de Aviação, unidade especializada em missões de ataque leve e defesa aérea. O treinamento é descrito pela Força Aérea como parte da rotina de aperfeiçoamento das tropas, que simulam cenários próximos a situações reais de guerra.

Durante esse período, a recomendação permanece clara: evitar completamente a circulação nas áreas delimitadas pelas coordenadas. A FAB reforçou que o uso de munição real torna o exercício extremamente sensível e exige rígidos protocolos de segurança tanto no espaço aéreo quanto no marítimo.

Além das manobras no Sul do Brasil, a Aeronáutica também atuou em Pernambuco, em parceria com a Anatel, para solucionar um problema de interferência no Aeroporto Internacional do Recife. O incidente havia comprometido a frequência de 110,3 MHz, utilizada pelo sistema de pouso por instrumentos (ILS), essencial em condições de baixa visibilidade.

Após inspeções em solo e sobrevoos técnicos, foram localizadas e neutralizadas duas fontes de interferência, permitindo a plena reativação do sistema. Conforme ressaltaram os órgãos envolvidos, o caso reforça a necessidade de constante fiscalização do espectro radioelétrico para proteger vidas e garantir operações aéreas seguras.


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Com informações Revista Sociedade Militar. 

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