DEPUTADOS QUE VOTARAM A FAVOR DA PEC DA BLINDAGEM PEDEM ATÉ DESCULPAS
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(crédito: Blog Eterno Aprendiz) |
Postagem publicada à 0h15 desta segunda feira, 22 de setembro de 2025.
A aprovação da PEC da Blindagem pela Câmara, na terça-feira,
gerou forte reação nas redes sociais e levou deputados de diferentes partidos a
recuarem e até pedirem desculpas pelo voto favorável. A mobilização digital,
que envolveu artistas, entidades da sociedade civil e usuários comuns,
pressionou parlamentares e expôs divisões internas tanto na esquerda quanto na
direita.
A deputada Silvye Alves (União-GO) anunciou que deixará o
partido após admitir que mudou seu voto sob pressão. Ela contou que
inicialmente foi contra a PEC, mas recebeu ligações de “pessoas influentes”
ameaçando retaliações. “Eu fui covarde, cedi à pressão”, disse em vídeo nas
redes sociais, pedindo desculpas aos eleitores.
Merlong Solano (PT-PI) também justificou o apoio, afirmando
que tentou viabilizar pautas como a isenção do Imposto de Renda e a taxação dos
super-ricos. Porém, reconheceu que a estratégia fracassou e assinou, junto com
Pedro Campos (PSB-PE), mandado de segurança no STF para anular a votação.
Pedro Campos admitiu erro de cálculo político. Disse que o
campo progressista tentou negociar mudanças para barrar a anistia e suavizar
pontos polêmicos, mas acabou derrotado tanto na PEC quanto na votação da
anistia.
Outro a recuar foi Thiago de Joaldo (PP-SE), que afirmou ter
refletido após críticas de especialistas e eleitores. “Reconheço que falhei,
peço desculpas e trabalharei para corrigir”, declarou.
Levantamento da consultoria Bites mostra que a PEC gerou 1,6
milhão de menções desde terça-feira, com a esquerda dominando o debate online.
Apesar disso, a repercussão ficou restrita ao campo político, sem atingir de
forma ampla quem não acompanha o tema. A mobilização, porém, ajudou a
consolidar oposição ao projeto no Senado, inclusive entre parlamentares de
direita, segundo André Eler, diretor-adjunto da Bites.
Artistas como Anitta e Caetano Veloso também aderiram à
campanha contra a PEC. Caetano chegou a chamar a proposta de “PEC da
Bandidagem” e defendeu manifestações populares.
Dados da consultoria Arquimedes apontam que 89% dos perfis
engajados no debate eram ligados ao campo progressista. Outros 4% eram de
direita não bolsonarista, como simpatizantes do MBL, críticos ao texto. Já
perfis bolsonaristas, que representaram 7%, buscaram justificar o acordo para
aprovar a anistia.
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Com informações Portal iG.
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