REFLEXÃO: “MINHA ESPADA NÃO TEM PARTIDO” DO COMANDANTE DO EXÉRCITO SIMBOLIZA LEALDADE ABSOLUTA À PÁTRIA ACIMA DE QUALQUER INTERESSE POLÍTICO?
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(crédito: foto reprodução "IA" Sociedade Militar) |
Postagemm publicada às 11h30 deste sabado, 23 de agosto de 2025.
O comandante do Exército, general Tomás Paiva, afirmou na
última quinta-feira (21) que a Força tem compromisso com a
“imparcialidade" e com o “bem comum”.
Em discurso em referência ao patrono do Exército, Marechal
Luiz Alves de Lima e Silva, mais conhecido como Duque de Caxias, o general
citou uma frase do militar, ao dizer que “minha espada não tem partido”.
"Sua espada foi empunhada em prol de um único lado, o da
pátria, pois, conforme o próprio declarou, minha espada não tem partido. Caxias
ensinou-nos, ainda, que a força do Exército reside na fé, na coesão, na
disciplina, na imparcialidade e no compromisso com o bem comum”, disse o general.
O Exército Brasileiro aproveitou o Dia do Soldado, comemorado
oficialmente em 25 de agosto, para reafirmar os valores que moldam sua
identidade ao longo da história. Em cerimônia realizada em Brasília, no dia 21,
o comandante da Força, general Tomás Ribeiro Paiva, destacou que a espada de
Duque de Caxias, patrono do Exército, “teve um único lado: o da Pátria”.
A solenidade contou com a presença de autoridades civis e militares, como o ministro da Defesa, José Múcio, o presidente da Câmara dos Deputados, Hugo Motta (Republicanos-PB), e o ministro do Supremo Tribunal Federal, Edson Fachin. A Ordem do Dia lida pelo comandante ressaltou o papel central do Exército na defesa da soberania nacional e no amparo à sociedade, evocando o exemplo de Caxias como referência permanente para os militares brasileiros - crédito: Sociedade Militar.
O exemplo de Duque de Caxias
Luis Alves de Lima e Silva, o Duque de Caxias, é lembrado não
apenas como marechal invicto, mas como líder que conciliava firmeza com
humanidade. O general Paiva recordou episódios marcantes, como sua atuação
durante a Guerra do Paraguai, quando permaneceu 36 horas na linha de frente em
Lomas Valentinas, sob intensa chuva, para compartilhar os riscos com seus
comandados.
Esse espírito de liderança pelo exemplo, segundo o
comandante, continua a inspirar os soldados do século XXI. Ao longo da
trajetória de Caxias, destacou-se não apenas a vitória militar, mas também a
forma como tratava adversários derrotados com dignidade e respeito,
consolidando sua imagem de “Pacificador”. Para o Exército, esse legado
permanece vivo, orientando a conduta de homens e mulheres de farda.
Entre as autoridades presentes na cerimônia do Dia do Soldado
estavam o Comandante do Exército, General de Exército Tomás Miguel Miné Ribeiro
Paiva; o Comandante da Marinha, Almirante de Esquadra Marcos Sampaio Olsen; o
Chefe do Estado-Maior da Aeronáutica, Tenente-Brigadeiro do Ar Pedro Luís
Farcic; e a Secretária-Geral do Ministério da Defesa, Cinara Wagner Fredo
FEB e o valores dos pracinhas brasileiras
Outro ponto de destaque na Ordem do Dia foi a homenagem à
Força Expedicionária Brasileira (FEB), que completa em 2025 os 80 anos da
vitória na Segunda Guerra Mundial. O general lembrou que os pracinhas
escreveram um dos capítulos mais nobres da história nacional em batalhas como
Monte Castello e Montese, sob o lema “A cobra vai fumar”.
De acordo com o discurso, honrar a FEB significa reconhecer
que os mesmos ideais que moveram Caxias no século XIX estiveram presentes nas
trincheiras da liberdade na Itália e permanecem atuais em cada soldado que hoje
veste a farda verde-oliva.
Abertura para mulheres no Serviço Militar
A cerimônia também marcou um momento inédito: o anúncio da
abertura do alistamento voluntário para o Serviço Militar Inicial Feminino nas
Forças Armadas. A partir do próximo ano, jovens mulheres poderão se alistar e
compartilhar com seus companheiros de farda os desafios da vida militar.
O comandante exaltou o pioneirismo da medida e reconheceu que
a inclusão feminina amplia a representatividade dentro da Força, além de
demonstrar coragem e espírito de missão. Para ele, essa é uma nova página na
história do Exército, que passa a receber de forma estruturada a contribuição
das mulheres na defesa nacional.
Braço Forte e Mão Amiga
Durante a Ordem do Dia, Paiva reiterou a chamada “dupla
vocação” do soldado brasileiro. De um lado, o “Braço Forte”, que atua na defesa
da soberania, no combate a crimes transfronteiriços e no apoio à segurança em
grandes eventos com equipamentos de alta tecnologia. De outro, a “Mão Amiga”,
que presta auxílio humanitário em desastres naturais, enchentes, incêndios e
crises de saúde pública.
Essa versatilidade, que une robustez militar e solidariedade
social, é apontada pelo Exército como uma das características únicas de seus
integrantes, sempre inspirados no exemplo de Caxias.
A espada sem partido
Em sua mensagem, o general fez questão de reforçar a
imparcialidade que deve nortear o Exército Brasileiro, lembrando as palavras de
Caxias: “Minha espada não tem partido”. Essa máxima, afirmou, é um lembrete de
que a missão da Força está sempre vinculada à defesa da Pátria e do bem comum,
e nunca a interesses políticos.
Para o comandante, o verdadeiro soldado vive de forma modesta
e disciplinada, guiado pela ética, pela lei e pela fidelidade ao juramento
prestado à Nação. O reconhecimento público pode ser efêmero, mas o compromisso
com os valores do Exército é perene.
Um soldado igual a todos
Ao encerrar o discurso, o general Tomás Ribeiro Paiva afirmou
que Caxias não deve ser visto como uma referência distante, mas como um ideal
próximo, acessível e atual para cada militar brasileiro.
“Viva o Soldado brasileiro, viva o Exército de Caxias!”, declarou, em um chamado à união de todos os postos e graduações para manter a tradição, a disciplina e a lealdade que sustentam a identidade da Força Terrestre.
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Com informações Revista Sociedade Militar.
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