PAPO DE GUERREIROS E GUERREIRAS: "BRASIL MONITORA DESTROIERES E AERONAVES ESPIÃS DOS EUA, MAS NÃO SE MANIFESTARÁ"

(crédito: foto reprodução "IA" Marinha dos EUA)


Postagem publicada às 9h40 desta sexta-feira, 22 de agosto de 2025.

Brasil acompanha movimentação de destroieres e aeronaves espiãs dos EUA próximos à Venezuela, mas mantém silêncio oficial em meio a tensões regionais.

Forças Armadas brasileiras monitoram destroieres e aeronaves espiãs dos EUA perto da Venezuela e temem explosão de migrantes, mas não vão se manifestar

USS Sampson em patrulha; Forças Armadas brasileiras monitoram movimentação militar dos EUA perto da Venezuela. Foto: Divulgação/Marinha dos EUA

As Forças Armadas brasileiras estão monitorando o envio de navios, submarinos, aeronaves e militares dos Estados Unidos para próximo da costa da Venezuela.

Segundo informações do jornal O Globo, divulgadas nesta quinta-feira, 21 de agosto, os militares brasileiros temem aumento da migração por Roraima, que faz fronteira com o país caribenho. Entretanto, não devem se manifestar a respeito da movimentação.

A frota americana inclui 3 destroieres (USS Gravely, USS Jason Dunham e USS Sampson, equipados com mísseis guiados) e aeronaves espiãs.

Nesta manhã de ontem quinta-feira, o perfil @Arrecho, do Twitter, divulgou que durou pelo menos 6 horas a missão das aeronaves de patrulha marítima P-8 Poseidon sobre o Mar do Caribe e que os equipamentos militares estão partindo de uma base em Porto Rico, território não incorporado dos Estados Unidos na região.

As informações do perfil são divulgadas com base no Aeroin, portal especializado em aviação.

Mais de 4 mil fuzileiros navais e marinheiros dos Estados Unidos também podem estar a caminho da operação, sob pretexto de combate a carteis de drogas latinoa-americanos.

Brasil acredita que EUA querem intervir militarmente na Venezuela

De acordo com o O Globo, integrantes do governo brasileiro acreditam que Donald Trump quer fazer uma intervenção militar na Venezuela para derrubar o regime de Nicolás Maduro.

Maduro é acusado pelos Estados Unidos de ser chefe do narcotráfico e não teve sua vitória nas urnas reconhecida por diversos países, incluindo o Brasil.

Entrevistado pelo portal Revista Sociedade Militar no final do mês de julho, o professor adjunto do Instituto de Relações Internacionais e Defesa da UFRJ, Bernardo Salgado Rodrigues, acredita que uma iminente intervenção militar dos EUA na Venezuela não representa riscos apenas para o regime de Maduro.

Segundo ele, a ação militar abre precedente para outras intervenções na região e pode causar consequências sobretudo na fronteira norte do Brasil.

Confira aqui a entrevista

Recentemente, Trump anunciou taxação de 50% sobre produtos importados do Brasil e escancarou motivos políticos por trás da decisão.

O republicano também vem atacando reiteradamente o Brasil em diversas frentes. Já criticou o Pix, o Judiciário, a violência em São Paulo e até mesmo a Rua 25 de março.

Relação entre Forças Armadas brasileiras e norte-americanas dá sinais de estremecimento

Há temor ainda de que o estremecimento das relações diplomáticas entre Estados Unidos e Brasil, provocado por Donald Trump, afete a boa relação entre as Forças Armadas dos 2 países e até mesmo a estrutura da defesa nacional.

Militares norte-americanos anunciaram o cancelamento de um evento que estava sendo organizado junto com a FAB (Força Aérea Brasileira) e não responderam ao convite para participarem da Operação Formosa 2025.

Pouco tempo depois, nesta quarta-feira, 20 de agosto, veio à tona que o governo brasileiro cancelou os exercícios militares conjuntos em território nacional que teriam a participação dos militares norte-americanos sob a justificativa de economia.

Trata-se da 2ª Fase da Operação Formosa, que conta com diversas nações parceiras, e da Operação Core 2025 no Nordeste brasileiro.

Por outro lado, os militares norte-americanos estiveram há pouco tempo no Brasil para o exercício militar conjunto Tápio 2025.

As Forças Armadas brasileiras temem ainda ser excluídas do FPS, programa dos EUA que permite a compra de equipamentos militares por preços acessíveis a nações parceiras, como aeronaves e mísseis.


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Com informações Revista Sociedade Militar. 

 

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