EUA ENVIAM TRÊS DESTRÓIERES E 4 MIL MILITARES PARA A COSTA DA VENEZUELA; FONTES LIGADAS AO GOVERNO NORTE-AMERICANO DIZEM QUE MADURO SÓ TEM 36 HORAS
![]() |
(crédito: foto reprodução para "IA" Sociedade Militar) |
Postagem publicada às 19h50 desta terça-feira, 19 de Agosto de 2025.
Submarino nuclear, aviões P-8 e destróieres cercam a Venezuela; Washington promete meses de operações militares no Caribe
EUA enviam três destróieres e 4 mil militares para a costa da
Venezuela; fontes ligadas ao governo norte-americano dizem que Maduro só tem 36
horas
Fontes ligadas ao governo norte-americano revelaram que três
navios de guerra dos Estados Unidos devem chegar à costa da Venezuela nas
próximas 36 horas. Trata-se de destróieres de mísseis guiados da classe Aegis - USS Gravely, USS Jason Dunham e USS Sampson - enviados como parte de uma
operação voltada ao combate dos cartéis de drogas que atuam na América Latina.
Segundo as informações, o deslocamento integra um reforço
significativo da presença militar dos EUA no Caribe Sul, envolvendo
aproximadamente 4.000 marinheiros e fuzileiros navais. A medida está
diretamente associada à estratégia do então presidente Donald Trump de
classificar os principais cartéis da região como organizações terroristas
globais e intensificar a repressão contra suas atividades.
Operação com apoio aéreo e submarino
Um funcionário do governo norte-americano, que falou sob
condição de anonimato à agência Reuters, confirmou que além dos destróieres
haverá participação de aviões de patrulha marítima P-8, outras embarcações e ao
menos um submarino de ataque. Ainda de acordo com ele, a operação não será
pontual: deverá se estender por meses, com ações em águas internacionais e
espaço aéreo internacional.
Os meios navais não servirão apenas para vigilância e
inteligência, mas também poderão ser empregados como plataformas de lançamento
de ataques cirúrgicos, caso o governo decida autorizar ações ofensivas.
Reação da Venezuela
O governo venezuelano ainda não se manifestou oficialmente
sobre o envio das embarcações. O Ministério das Comunicações não respondeu aos
pedidos de comentários. Entretanto, em discurso transmitido no mesmo dia, o
presidente Nicolás Maduro fez referência a uma “ameaça estranha e bizarra de um
império em declínio” e declarou que o país está pronto para defender “os mares,
os céus e a terra da Venezuela”.
Cartéis sob pressão
Nos últimos meses, a administração Trump já havia deslocado
navios de guerra para apoiar operações de combate ao narcotráfico e reforçar a
segurança das fronteiras. Em fevereiro, Washington classificou o cartel
mexicano de Sinaloa, o grupo criminoso venezuelano Tren de Aragua e outras
facções da região como organizações terroristas globais, o que abriu espaço
para medidas mais duras de repressão.
Além da movimentação naval, os militares dos EUA vêm
ampliando a vigilância aérea sobre os cartéis mexicanos, em busca de
informações estratégicas que permitam neutralizar suas rotas de transporte de
drogas e enfraquecer suas redes de influência.
A ofensiva também se insere no contexto mais amplo da
política migratória de Trump, que associava a atuação dos cartéis ao aumento da
imigração ilegal e buscava justificar ações militares como parte de um esforço
de “defesa da fronteira sul” dos Estados Unidos.
*******
Com informações Revista Sociedade Militar.
Comentários