DOIS DESTRÓIR DA MARINHA JAPONESA APORTAM NO BRASIL EM MISSÃO DE TREINAMENTO NAVAL E ABRE SUAS PORTAS PARA VISITAÇÕES PÚBLICAS
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(crédito: foto reprodução "IA" Sociedade Militar) |
Postagem publicada às 10h40 deste domingo, 24 de agosto de
2025.
Dois navios da Marinha japonesa aportam em Santos como parte
de cruzeiro de instrução internacional, permitindo que cadetes realizem
treinamento avançado, interajam com culturas estrangeiras e fortaleçam laços
diplomáticos enquanto conhecem desafios reais da vida no mar.
O Porto de Santos recebeu nesta semana uma visita especial
que une treinamento militar e diplomacia internacional.
Dois navios da Força Marítima de Autodefesa do Japão (JMSDF)
aportaram para uma escala que faz parte da Overseas Training Cruise 2025, um
cruzeiro de instrução que visita portos de vários países com o objetivo de
qualificar futuros oficiais e estreitar relações internacionais.
Entre os navios que chegaram estão o JS Kashima (TV‑3508), tradicional navio‑escola da Marinha japonesa, e o JS
Shimakaze (TV‑3521), um destróier da classe Hatakaze adaptado para
treinamento.
A escala ocorre no contexto de um programa de formação que já
tem mais de seis décadas de tradição, evidenciando a importância do intercâmbio
internacional e do desenvolvimento técnico de oficiais navais japoneses.
Itinerário e visitação pública
Os navios fundearam na Barra de Santos, próximo ao Gonzaga,
com atracação prevista para a manhã de domingo, 24 de agosto.
Segundo informações divulgadas pelo portal Poder Naval, o JS
Kashima será aberto à visitação pública na tarde do mesmo dia, oferecendo à
população a oportunidade de conhecer de perto a cultura e tradição naval
japonesa, além da engenharia e rotina a bordo de um navio de instrução
internacional.
A visita é uma oportunidade única para observar o
funcionamento de embarcações que percorrem milhares de milhas e mantêm uma
rotina de treinamento rigorosa.
Contexto da missão internacional
O cruzeiro de instrução da JMSDF existe desde 1958, sendo a
edição de 2025 a 69ª.
O programa conta com aproximadamente 580 tripulantes,
incluindo cadetes em formação, e cobre uma distância de cerca de 30.500 milhas
náuticas, equivalente a 56.500 km.
O objetivo principal é oferecer aos oficiais-alunos
experiência prática em serviço, familiarizando-os com a vida no mar,
aprimorando habilidades técnicas e desenvolvendo qualidades essenciais para a
carreira militar.
Outro ponto central da missão é o intercâmbio internacional,
permitindo que o pessoal embarcado realize exercícios conjuntos com países
estrangeiros, compreenda melhor suas operações navais e desenvolva um senso
global de cooperação.
Além disso, a presença da JMSDF busca promover amizade e boa
vontade com as nações visitadas, reforçando a política japonesa de um
Indo-Pacífico Livre e Aberto.
Portos visitados em 2025
Durante este cruzeiro, a esquadra japonesa passará por
diversos portos estratégicos da América do Sul, América Central e América do
Norte.
No Brasil, os navios já visitaram Fortaleza e agora Santos,
além de passagens previstas por Buenos Aires (Argentina), Valparaíso (Chile),
Puerto Santo Tomas de Castilla (Guatemala) e Callao (Peru).
Nos Estados Unidos, as escalas incluem Hilo, Jacksonville,
Pearl Harbor e San Diego, enquanto na América Central o cruzeiro passará por
Acapulco (México).
Essa diversidade de portos reforça a dimensão global do
treinamento naval japonês, expondo cadetes a múltiplas culturas e diferentes
condições marítimas e climáticas.
Experiência e aprendizado a bordo
A bordo, os oficiais-alunos têm a oportunidade de aplicar
conhecimentos teóricos em situações reais, participando de manobras, exercícios
de navegação, operações de comunicação e protocolos de segurança.
O JS Kashima, além de servir como plataforma de ensino,
também oferece aos visitantes uma visão do cotidiano naval japonês, desde a
disciplina rigorosa até o funcionamento de sistemas complexos de propulsão e
controle.
Já o JS Shimakaze, embora adaptado para treinamento, mantém
características de destróier, permitindo que cadetes pratiquem táticas de
defesa e manobras de guerra em um ambiente seguro e supervisionado.
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Com informações Revista Sociedade Militar.
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