EXÉRCICIO MILITAR TERMINOU EM TRAGEDIA, ONTEM (22/07) TENENTES MORREM AFOGADOS DURANTE TREINAMENTO DE COMBATE; CONFIRA!

 

(crédito: Sociedade Militar)


Postagem publicada às 21h40 desta quarta-feira, 23 de julho de 2025. 

Treinamentos de combate costumam levar os soldados ao limite físico e psicológico. Mas, às vezes, o que era para ser um preparo extremo pode se transformar em tragédia. Foi exatamente o que aconteceu ontem, 22 de julho, na Colômbia, onde três jovens tenentes perderam a vida durante um exercício militar de sobrevivência fluvial, no meio de um treinamento voltado ao combate à guerrilha. O caso gerou comoção e reacendeu debates sobre as condições dos treinamentos e a estrutura das Forças Armadas no país.

Treinamento é voltado para formar soldados com habilidades de sobrevivência e combate em áreas de mata densa e geografia hostil

O acidente aconteceu na cidade de Girardot, ao sul da capital Bogotá, durante uma etapa do curso de lanceiros, um dos mais exigentes do Exército colombiano. Esse tipo de treinamento é voltado para formar soldados com habilidades de sobrevivência, deslocamento tático e combate em áreas de mata densa e geografia hostil, práticas comuns no enfrentamento de grupos armados ilegais no país.

Na simulação, um grupo de 11 militares tentava atravessar o rio Magdalena, o principal curso de água da Colômbia, utilizando jangadas improvisadas feitas com seus próprios materiais de campanha e de patrulha. A missão fazia parte do treinamento de guerrilha, onde a ideia é preparar os soldados para situações extremas com recursos limitados.

Durante a travessia de cerca de 4 quilômetros, uma correnteza forte surgiu de forma repentina e arrastou o grupo em direção a uma balsa ancorada próxima à margem. Dos 11 envolvidos, oito conseguiram se soltar da corda de segurança que os prendia ao equipamento. Os outros três, infelizmente, ficaram presos sob a estrutura da balsa e se afogaram.

Curso de lanceiros: desafio extremo e riscos reais

O curso de lanceiros é considerado um dos mais difíceis dentro da formação militar colombiana, exigindo disciplina e resistência acima da média. O objetivo é capacitar os soldados para o combate irregular, uma realidade ainda presente em várias regiões da Colômbia, que enfrenta há décadas conflitos internos com guerrilhas e grupos ligados ao narcotráfico.

Brasil x Venezuela: quem tem as tropas mais Militares que passam por esse tipo de instrução são preparados para enfrentar cenários de combate em florestas, montanhas e rios. Mas o episódio recente levanta questões sérias sobre os protocolos de segurança, sobretudo em atividades de risco elevado.

Em entrevista à rádio Blu, o general Jorge Hernández, comandante do Comando de Educação e Doutrina do Exército, explicou que os soldados usaram materiais improvisados como parte do treinamento e que os três tenentes morreram “afogados pela absorção da balsa”.

Acidentes fatais em série colocam forças armadas sob pressão

Infelizmente, esse não foi um caso isolado. A Colômbia vem registrando uma série de acidentes fatais durante atividades militares, o que tem gerado críticas de especialistas e familiares de soldados. Muitos apontam que a deterioração dos equipamentos e a falta de investimentos estruturais são fatores que ampliam os riscos nos treinamentos.

Em abril deste ano, um soldado morreu na queda de um helicóptero militar no departamento de Bolívar. Já em fevereiro, oito soldados perderam a vida em um acidente de trânsito em Nariño, quando o veículo em que estavam perdeu os freios durante uma operação. Em 2023, dois acidentes com helicópteros do Exército deixaram 17 militares mortos em diferentes regiões do país.

Esses episódios têm sido frequentemente noticiados por veículos como o El Tiempo e o Semana, que acompanham de perto a situação da segurança pública e militar na Colômbia.

A pior crise de segurança da última década: disputas territoriais, tráfico de drogas e presença de guerrilhas remanescentes.

A Colômbia vive hoje um momento delicado, com a pior crise de segurança da última década, segundo analistas. Mesmo após diversas tentativas de pacificação e acordos de paz com grupos armados, a violência continua crescendo em várias regiões, alimentada por disputas territoriais, tráfico de drogas e presença de guerrilhas remanescentes.

Esse cenário obriga as Forças Armadas a manter treinamentos intensivos, como o que levou à morte dos três tenentes. Porém, sem condições adequadas, os riscos se multiplicam. A travessia no rio Magdalena virou mais um símbolo da vulnerabilidade dos soldados frente aos desafios da profissão e da estrutura em que operam.

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Com informações Revista Sociedade Militar. 

 

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