VÍDEO: FORÇA AÉREA DO IRÃ FORA DE COMBATE? EM MEIO AOS ATAQUES ISRAELENSES, NENHUMA AERONAVE DE COMBATE DECOLOU PARA DEFENDER O ESPAÇO AÉREO

(Imagem reprodução “IA” ilustrativa representa o desequilíbrio tecnológico entre os caças F-14 do Irã e os F-35 utilizados por Israel nos recentes bombardeios)



Postagem publicada às 5h45 desta quarta-feira, 18 de junho de 2025.

A Força Aérea do Irã desaparecida? Em meio aos ataques israelenses, nenhuma aeronave de combate decolou para defender o espaço aéreo, e o silêncio virou motivo de preocupação global

Bombardeios de Israel em território iraniano reacendem questionamentos sobre a atuação da aviação militar do Irã, limitada por embargos e tecnologia ultrapassada

Desde o início dos bombardeios israelenses em território iraniano, no dia 13 de junho de 2025, analistas e veículos internacionais têm questionado a ausência da Força Aérea do Irã na defesa de seu espaço aéreo, evidenciando limitações estruturais, tecnológicas e diplomáticas que afetam diretamente a resposta militar de Teerã.

A frota envelhecida e o risco do confronto direto

Embora o Irã conte com uma frota numerosa de aeronaves de combate, a maioria dos caças ainda é composta por modelos adquiridos nas décadas de 1970 e 1980, como os F-4 Phantom, F-5 Tiger, MIG-29 e SU-24. Estes modelos, muitos herdados do regime do xá Reza Pahlavi, apresentam capacidades limitadas diante da aviação moderna.

Entre os modelos mais icônicos, os caças F-14 Tomcat são considerados os mais capazes do arsenal iraniano. No entanto, mesmo essas unidades operam com radares da era da Guerra do Vietnã e armamentos que não acompanham os avanços das tecnologias furtivas e mísseis de longo alcance utilizados por caças modernos como o F-35 israelense.

A vulnerabilidade técnica coloca os pilotos iranianos em desvantagem desde a decolagem. O risco de abate sem sequer detectar o inimigo torna a decolagem em resposta aos ataques um movimento estratégico inviável, o que justificaria a falta de interceptações.

F-35 e o domínio tecnológico israelense

O caça furtivo F-35 Lightning II, utilizado por Israel, conta com radar AESA de última geração e sistemas de guerra eletrônica que permitem localizar e neutralizar alvos aéreos sem ser detectado. Em combates simulados, a vantagem desses caças sobre os F-14 chega a ultrapassar os 200 km de distância para detecção e engajamento.

CADÊ a força aérea do Irã? E os SU-35? Os caças F-14 iranianos podem ameaçar os F-35 de Israel?

(crédito: canal do You Tube, "Águia de Aço")


Mesmo aeronaves não furtivas como os F-15 e F-16 modernizados da Força Aérea de Israel superam amplamente os caças iranianos em alcance, sensores e capacidade de guerra além do alcance visual (BVR – Beyond Visual Range), tornando praticamente impossível um confronto equilibrado.

Por esse motivo, analistas acreditam que a aviação iraniana esteja resguardada em bases subterrâneas e regiões afastadas, em um esforço para evitar perdas desnecessárias e preservar o que resta de seu poder aéreo para missões específicas, como defesa costeira e ataque marítimo.

Promessas de modernização e os SU-35 russos

Após o fim do embargo de armas da ONU ao Irã, em 2020, esperava-se uma modernização expressiva das forças armadas iranianas. A guerra entre Rússia e Ucrânia, iniciada em 2022, ampliou ainda mais essas expectativas, com Moscou passando a depender dos drones iranianos e, em contrapartida, oferecendo armamentos mais avançados.


Em janeiro de 2025, o governo iraniano confirmou a aquisição de caças SU-35 da Rússia, com especulações indicando até 64 unidades. No entanto, até o momento, nenhuma dessas aeronaves foi flagrada em operação ou chegou ao espaço aéreo iraniano. A ausência desses caças durante os bombardeios israelenses levanta dúvidas sobre prazos de entrega e operacionalidade.

Mesmo sem tecnologia furtiva, o SU-35 é considerado uma das aeronaves mais capacitadas para combate aéreo convencional, com radar poderoso, grande manobrabilidade e longo alcance. Sua presença poderia alterar significativamente a dissuasão contra ataques aéreos, especialmente em áreas estratégicas.

A dependência em mísseis, drones e defesa antiaérea

Sem poder contar plenamente com sua aviação de caça, o Irã tem investido na ampliação de seu arsenal de mísseis balísticos, drones de ataque e sistemas de defesa antiaérea como alternativa para enfrentar ameaças aéreas. Essas armas se tornaram pilares da estratégia defensiva do país, especialmente em resposta à superioridade aérea dos adversários.

Dentre os recursos mais utilizados pelo Irã estão os mísseis Shahab, Fateh e Sejjil, além de drones como o Shahed-136, já utilizados em outros conflitos regionais. Esses sistemas oferecem alcance considerável e capacidade de saturação, dificultando a defesa de pontos críticos por parte de seus inimigos.

Apesar disso, a ausência de uma força aérea ativa no momento dos ataques compromete a eficácia da defesa em camadas e aumenta a vulnerabilidade do espaço aéreo iraniano, especialmente em ações de precisão como as realizadas por Israel neste mês.

F-14, SU-35 e a percepção internacional

A imagem de caças F-14 envelhecidos enfrentando o F-35 contribui para a percepção de que a Força Aérea do Irã está obsoleta, ainda que mantenha uma estrutura ativa e operativa em determinados segmentos. A demora na entrega dos SU-35 e a ausência de interoperabilidade com sistemas modernos de defesa também limitam a resposta imediata.

Com a escalada das tensões no Oriente Médio e a crescente aliança militar entre Israel e países ocidentais, a necessidade do Irã fortalecer sua defesa aérea se torna mais evidente. No entanto, os embargos históricos e pressões internacionais continuam sendo obstáculos relevantes à modernização.

Segundo o canal “Águias de Aço”, que analisou a situação em vídeo publicado recentemente, os caças iranianos estão evitando o combate direto devido à disparidade tecnológica, optando por se manter resguardados enquanto o Irã negocia novas capacidades junto à Rússia e outros aliados.

As limitações da Força Aérea Iraniana têm origem nos embargos internacionais impostos desde a Revolução Islâmica de 1979 e agravados por sanções ocidentais nas décadas seguintes. Mesmo com acordos pontuais, como os estabelecidos com a Rússia, a modernização plena da frota ainda não foi concretizada.

De acordo com informações veiculadas pelo canal, os esforços iranianos para renovar sua aviação militar enfrentaram barreiras tanto econômicas quanto geopolíticas. As promessas de fornecimento de novos caças, como os SU-35, ainda não se materializaram operacionalmente.


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Com informações Revista Sociedade Militar. 

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