MARINHA DO BRASIL E FORÇA ARMADA DA FRANÇA ENCERRAM COM GRANDE SIMULAÇÃO DE EVACUAÇÃO E DESEMBARQUE MILITAR A OPERAÇÃO "JOANNE D`ARDC 2025"
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(foto reprodução "IA" para ilustração do texto) |
Postagem públicada às 08h10 desta quinta-feira, 27 de março de 2025.
O Exercício contou com 1.200 militares, navios de guerra, blindados anfíbios, helicópteros e mísseis brasileiros em simulação realista de operação em área de conflito
Militares da Marinha do Brasil e das Forças Armadas da França encerraram, nesta terça-feira (25), a etapa brasileira da operação combinada “Jeanne d’Arc 2025”. A atividade culminou com uma operação anfíbia de grande porte na Praia Mansa, localizada na região metropolitana de Fortaleza (CE). A manobra foi uma simulação de evacuação de não-combatentes em território hostil, reunindo meios navais, terrestres e aéreos dos dois países.
O exercício envolveu aproximadamente 1.200 militares, sendo 600 brasileiros e 600 franceses, além de equipamentos modernos como navios de guerra, veículos blindados, embarcações de desembarque e aeronaves. A ação teve como objetivo principal aumentar a interoperabilidade entre as forças envolvidas e reforçar os laços diplomáticos e militares entre Brasil e França.
Entre os destaques da operação estavam o Navio Doca Multipropósito (NDM) “Bahia”, da Marinha do Brasil, e o Porta-Helicópteros Anfíbio “Mistral” (L9013), da Marinha Francesa. Também participaram a Fragata “Surcouf” (F711), o Carro Lagarta Anfíbio (CLAnf), a aeronave UH-15 “Super Cougar” e embarcações catamarãs francesas do tipo EDA-R e EDA-S, capazes de transportar até 80 toneladas.
A simulação foi acompanhada por autoridades, imprensa e convidados, e incluiu o desembarque de tropas, instalação de um centro de evacuação e atendimento humanitário. As atividades foram executadas com alto grau de realismo, criando um ambiente semelhante ao de uma operação militar em zona de risco.
Exercício internacional testou evacuação de civis em cenário simulado de crise com participação de meios aéreos, terrestres e navais do Brasil e França
O Comandante de Operações Navais da Marinha do Brasil, Almirante de Esquadra Cláudio Henrique Mello de Almeida, destacou a versatilidade do NDM “Bahia” como ponto forte da operação. Segundo ele, “esse tipo de navio tem sido uma opção para várias Marinhas do mundo, pois ele permite o emprego em diversos tipos de ambiente. Ele pode atuar, como aqui nesse exercício, em uma situação de possível conflito, mas pode também ser usado em operações humanitárias e de apoio à Defesa Civil”, explica.
O Comandante-Geral do Corpo de Fuzileiros Navais, Almirante de Esquadra (Fuzileiro Naval) Carlos Chagas Vianna Braga, ressaltou a importância da operação para manter a prontidão operativa da força anfíbia brasileira. Ele frisou que o deslocamento das tropas do Rio de Janeiro até Fortaleza, a bordo de meios navais, demonstra a capacidade expedicionária do Corpo de Fuzileiros Navais (CFN) e o valor de treinar com parceiros estratégicos, como a França.
“Existe o programa de construção de submarinos em Itaguaí, no
Rio de Janeiro, além disso temos uma ação que trata da segurança marítima e
hoje estamos vendo essa parceria na área das operações anfíbias. Essa operação
tem benefícios mútuos, é uma possibilidade de treinar e aprender com as tropas
anfíbias brasileiras”, lembra.
A manobra na Praia Mansa teve como ponto central uma simulação de evacuação de não-combatentes - civis ou militares desarmados — de uma área sob instabilidade. A missão envolveu verificação de segurança por tropas especiais, desembarque de blindados e montagem de um centro de controle para triagem e embarque dos evacuados.
Após o desembarque, os militares brasileiros e franceses iniciaram a evacuação dos simulados não-combatentes. Os civis foram levados até o Centro de Controle de Evacuados, onde passaram por triagem, receberam atendimentos médicos iniciais e tiveram bagagens conferidas antes do embarque nos veículos.
Operação contou com helicóptero UH-15, embarcações EDA-R e EDA-S e centro de evacuação com triagem, intérpretes, segurança e apoio da embaixada
O helicóptero UH-15 “Super Cougar” da Marinha do Brasil também teve papel importante na ação, realizando sobrevoos estratégicos e estando preparado para atuar em situações onde o resgate por terra fosse inviável. A aeronave é utilizada em missões de evacuação médica, apoio a operações especiais e busca e salvamento.
A operação foi finalizada com a chegada à praia das embarcações tipo catamarã EDA-R e EDA-S, da Marinha Nacional da França, transportando tropas brasileiras e francesas. Esses meios têm alta capacidade de carga e foram fundamentais para o deslocamento seguro dos militares durante o exercício.
Durante a simulação, os militares montaram uma estrutura de atendimento com equipes de saúde, intérpretes, apoio da embaixada e controle de imigração local. O objetivo foi criar um ambiente realista de evacuação, com todas as etapas necessárias para garantir segurança e assistência aos civis.
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Com informações Revista Sociedade Militar.
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