APÓS BLOQUEIO DE R$ 140 MILHÕES, PEZÃO AMEAÇA PEDIR INTERVENÇÃO FEDERAL NO RIO

Foto: Governador Luiz Fernando Pezão ao fundo, fotógrafo Fernando Frazão/Agência Brasil.


Governador do Rio de Janeiro, Luiz Fernando Pezão, sinalizou que pode ingressar com um pedido de intervenção federal no Estado, depois de um novo bloqueio, no valor de R$ 140 milhões, nas contas do Rio, em função do não pagamento de dívidas com a União; intervenção não interessa a Michel Temer, que busca apoio para aprovar a PEC que limita os gastos públicos; quando há um estado sob intervenção, nenhuma PEC pode ser votada pelo Congresso.

O governador do Rio de Janeiro, Luiz Fernando Pezão, fez uma ameaça à secretária do Tesouro Nacional, Ana Paula Vescovi, ao sinalizar que pode ingressar com um pedido oficial de intervenção federal no Estado.

O gesto de Pezão veio na esteira de um novo bloqueio, no valor de R$ 140 milhões, nas contas do Rio, em função do não pagamento de dívidas com a União. Intervenção, que precisa ser aprovada pelo governo federal, não interessa a Michel Temer, que busca apoio para aprovar a Proposta de Emenda Constitucional (PEC) que limita os gastos públicos. Quando um Estado está sob intervenção, nenhuma PEC pode ser votada.

Segundo reportagem do Globo, Pezão teria se irritado ainda mais pelo fato de ter estado em Brasília há poucos dias negociando uma saída para a crise financeira fluminense. "Ele disse à secretária (Ana Paula Vescovi) que, se o Tesouro não pode ajudar, também não deve ficar atrapalhando e que o bloqueio inviabilizaria a sua gestão. O governador falou que não teria alternativa, a não ser pedir a Temer uma intervenção federal", disse um interlocutor do governo estadual.

"Desde o dia 28 de outubro que (recursos do estado) vêm sendo arrestados pela Justiça e pelo Tesouro", destacou Pezão acerca dos sucessivos bloqueios que o Estado vem sofrendo em suas contas. A avaliação em Brasília é que a intervenção é uma medida extrema e complexa que resultaria em prejuízos ao governo, como no caso da votação de projetos considerados fundamentais pelo governo Michel Temer no Congresso.


Fonte: jornal 247. 

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