DJ DE CABO FRIO É HOMENAGEADO PELA CÂMARA DE VEREADORES DO RIO DE JANEIRO





Nick Ribeiro foi agraciado com Moção de Louvor e Aplausos


A Câmara Municipal do Rio de Janeiro realizou ontem à tarde uma sessão especial em comemoração aos 33 anos da Discoterj, a mais antiga associação de DJs e VJs do Estado, fundada em 1983, com sede no Rio de Janeiro, atualmente presidida pela DJ Sandra Gal. Na ocasião foram conferidas Moções de Louvor e Aplausos a vários DJs que têm se destacado na luta pela regulamentação da categoria, entre eles os famosos Malrboro e Corello, e também o DJ Nick Ribeiro, único representante de Cabo Frio a ser agraciado. A homenagem foi conferida pelo vereador João Mendes de Jesus (PRB).

Representante oficial da Discoterj na Região dos Lagos, Nick Ribeiro é carioca de nascimento, mas há 12 anos escolheu Cabo Frio como sua cidade. Apaixonado por música, ingressou na carreira de DJ aos 16 anos, logo após se formar no curso da Memix DJ School, de propriedade de Marcello “Memê” Mansur. Foi também professor na escola DJs Course, da extinta empresa Áudio Lights, no Rio. Em mais de 20 anos de carreira agitou as pistas das mais famosas boates do Estado, entre elas da Maxims Disco Bar (Torre do Rio Sul), filial brasileira da Maxims de Paris (França), de propriedade do famoso Pierre Cardin, e na Região dos Lagos foi residente na Le Pacha e no Le Club, e também agitou a Búzios 40 Graus, ambas em Búzios.

Há mais de 15 anos Nick Ribeiro vem lutando, junto com vários DJs do país, pela regulamentação da profissão, uma forma não apenas de gerar garantias trabalhistas aos profissionais mas, também, de organizar o cenário.

- Hoje, quem trabalha como DJ, não tem nenhuma garantia trabalhista. Não existe legalização da jornada de trabalho, não existe um salário base, não existe nada que dê ao profissional a garantia de um trabalho com o mínimo de estrutura, não existe nada. E com o passar dos anos essa situação está piorando cada vez mais. Para tentar resolver isso, em 2007 o senador Romeu Tuma apresentou um projeto para regulamentar a profissão, criando regras e normas para organizar o cenário como, por exemplo, a obrigação de participação de, pelo menos, 70% de profissionais brasileiros nos eventos promovidos no País com atrações estrangeiras. O texto da regulamentação também prevê que para atuar como DJ o profissional deve fazer um curso técnico em instituição reconhecida pelo MEC. Essa tem sido uma árdua batalha da nossa categoria, que já recebeu dois baldes de água fria: o primeiro em 2010, quando o ex-presidente Lula vetou o projeto de Romeu Tuma, e outro no ano passado, quando a ex-presidente Dilma também vetou, ambos alegando que a imposição de restrições cabe apenas quando houver a possibilidade de dano à sociedade. Não cabe dano à sociedade, mas cabe a nós, profissionais, que muitas vezes trabalhamos em locais sem condições, sem devidos equipamentos de proteção à saúde, entre outras situações degradantes, e sem possibilidade de aposentadoria. Apesar de mais este veto, não desistimos, e vamos continuar lutando por esta regulamentação através da Discoterj, no Estado do Rio, e do Sindecs (Sindicato dos Djs e Profissionais de Cabine de Som do Estado de São Paulo) –defende Nick Ribeiro.  


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Att;


Cristiane Zotich   


      

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