MICO-LEÃO-DOURADO SERÁ ESCULPIDO NA MEDALHA DE OURO DA OLIMPÍADA 2016
A
organização não governamental (ONG) Conservação Internacional (CI) aprovou
moção, durante o 8º Congresso Brasileiro de Unidades de Conservação (CBUC),
encerrado na última sexta-feira (25), em Curitiba, para que o
mico-leão-dourado, espécie só encontrada em uma área de Mata Atlântica no
estado do Rio de Janeiro, esteja em medalha de ouro dos Jogos Olímpicos de
2016, que ocorrerão na capital fluminense, a partir de 5 de agosto de
2016.
A campanha
pelo mico-leão-dourado foi uma das 27 moções aprovadas no CBUC, considerado o
maior evento da América Latina sobre meio ambiente e áreas protegidas. A
proposta foi apresentada no congresso pelo vice-presidente da ONG mundial,
Russell Mittermeier, e já foi comunicada aos comitês Olímpico Brasileiro (COB)
e Olímpico Internacional (COI), que receberão formalmente o documento na
próxima semana, informou hoje (30) à Agência Brasilo
vice-presidente da CI Brasil, Rodrigo Medeiros.
Para
Medeiros, um evento esportivo internacional, como as Olimpíadas, é uma
oportunidade para o Brasil divulgar causas que têm tudo a ver com a própria
natureza do país. “Um país diverso, detentor de um das maiores florestas
tropicais do planeta, com a maior biodiversidade do mundo”.
Há mais de
20 anos, o mico-leão-dourado era uma espécie ameaçada e prestes a desaparecer
do planeta. “Todo o trabalho que foi feito nos últimos 25 anos para recuperar o
habitat, a Mata Atlântica, para essa espécie que hoje está fora de ameaça e
volta às matas brasileiras, tem tudo a ver. É uma mensagem superbacana”, disse.
“O nosso mico-leão é um medalhista, porque é um vencedor também. Superou a
ameaça de extinção”, acrescentou.
A campanha
será lançada também na página da CI Brasil na internet, com o objetivo de
atrair a adesão popular. Segundo Medeiros, o engajamento das pessoas é
fundamental para que a campanha tenha sucesso. “É uma excelente oportunidade de
a gente amplificar a mensagem do espírito olímpico, com a adoção de uma espécie
bandeira que é superimportante para o Brasil, para atingir um número maior de pessoas”.
Campanha
anterior foi feita pela ONG para que o muriqui, espécie de primata da Mata
Atlântica, fosse escolhido como mascote da Rio 2016, mas não obteve êxito. Os
mascotes escolhidos representam uma mistura de todos os bichos brasileiros, no
caso das Olimpíadas, e das plantas das flores do Brasil, no caso das
Paralimpíadas.
A diretora
executiva da instituição promotora do 8º CBUC, Malu Nunes, defendeu aproveitar
eventos como os Jogos Olímpicos para que temas importantes como o da proteção
da biodiversidade brasileira sejam abordados. A ideia, segundo ela, é que a
campanha em favor do o mico-leão possa resultar em ações que contribuam para a
proteção da espécie. “Queremos aproximar a sociedade da causa, para que ela
cobre das autoridades ações efetivas para conservação das espécies
homenageadas”, disse.
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