LEGENDAS INICIAM MOVIMENTO PRÓ- IMPEACHMENT
FONTE: CONGRESSO EM FOCO
Partidos já começam a articular movimentos para a saída da presidente Dilma Algumas legendas de oposição ao governo Dilma Rousseff (PT) querem aproveitar os protestos contra o governo federal, no próximo final de semana, para iniciar uma mobilização pró-impeachment mais intensa no Congresso Nacional.
Partidos já começam a articular movimentos para a saída da presidente Dilma Algumas legendas de oposição ao governo Dilma Rousseff (PT) querem aproveitar os protestos contra o governo federal, no próximo final de semana, para iniciar uma mobilização pró-impeachment mais intensa no Congresso Nacional.
O movimento
é liderado pelo Solidariedade, do deputado-federal Paulinho da Força (SP).
Nesta quinta-feira (12), a legenda lançou de forma oficial uma “consulta
popular” visando ao pedido de impeachment da presidente. Segundo Paulinho da
Força, a legenda dará entrada ao pedido de afastamento tanto de Dilma quanto de
seu vice, Michel Temer (PMDB), assim que conseguir obter 1 milhão de
assinaturas em um abaixo-assinado virtual lançado durante esta semana.
Antes mesmo
de lançar oficialmente essa “consulta popular”, o partido manteve contato com
representantes de outras legendas como PPS, PSB, PV e PSDB. A princípio elas
não integrarão a mobilização, mas, conforme o Congresso em Foco apurou,
representantes destas siglas admitem que elas que podem conversar com o
Solidariedade sobre um movimento pró-impeachment, dependendo do resultado das
manifestações populares deste final de semana.
Para dar
corpo aos protestos contra o governo, alguns movimentos sindicais ligados a
Paulinho da Força já foram convocados. Entre os quais a Força Sindical, a Nova
Central Sindical e a UGT. A Força Sindical, por exemplo, tem em torno de 1,7
mil sindicatos filiados, e a UGT, outros mil agremiações. A ideia dos caciques
do Solidariedade é mostrar “a força das ruas” para conseguir atrair as outras
legendas de oposição nesta mobilização pró-impeachment.
Reunião
Na próxima
segunda-feira, representantes do Solidariedade, PPS, PSB, PSDB e até do PV
devem se reunir para avaliar a mobilização das ruas. Dentro do PPS e do PSB,
por exemplo, segundo Congresso em Foco apurou, o sentimento é de encorpar as
mobilizações pró-impeachment. Mas somente se elas atraírem um grande número de
pessoas em todo o Brasil.
O PSB é mais
propenso a participar desta mobilização a partir das próximas semanas. Alguns
integrantes da legenda, como o ex-senador Beto Albuquerque (PSB-RS), por exemplo,
enxergam que o PT perdeu legitimidade partidária nos últimos meses,
principalmente após os desdobramentos dos escândalos de corrupção descobertos
com as investigações da Operação Lava Jato. “O PT chegou ao fundo do poço”,
disse Albuquerque a correligionários.
A princípio,
a resistência de representantes de siglas como o PPS e o PSDB diz respeito à
autenticidade as mobilizações contra o governo. O presidente do PPS, Roberto
Freire, por exemplo, diz que a mobilização pró- impeachment não deve ser um
movimento partidário. Mas se houver movimentos populares em favor da saída do
governo Dilma, os partidos devem dar apoio à “voz das ruas”. Essas legendas
também temem sofrer um desgaste negativo junto à sociedade ao levantar
precocemente a bandeira do impeachment, antes de dosar o real nível de
insatisfação popular com o governo federal.
Uma outra
linha de frente visando intensificar a mobilização popular diz respeito à
realização de uma série de seminários para “discutir a crise”. Os encontros,
chamados “Diálogos sobre o Brasil”, ocorrerão em várias cidades, como Rio de
Janeiro, no mês de março; Recife, em abril; Porto Alegre, também em abril;
Cuiabá e Belém, em maio. A aposta dos partidos de oposição é que, em caso de
fracasso das mobilizações das ruas, tais seminários ajudem a aglutinar pessoas
favoráveis ao impeachment da presidenta.
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