PMDB DEFINE AMANHÃ CANDIDATURA À PRESIDÊNCIA DO SENADO
Por enquanto, apenas o senador Luiz Henrique (SC) lançou seu
nome oficialmente; o atual presidente, Renan Calheiros (AL), que também pode
concorrer, defende que a maioria da bancada de 19 senadores escolha o candidato
do partido; reunião do partido está marcada para as 17h desta sexta-feira.
Fonte: Agência Senado
O PMDB vai se reunir às 17h desta sexta-feira (30) para
definir a candidatura do partido à Presidência do Senado.
Por enquanto, apenas o senador Luiz Henrique (SC) lançou seu
nome oficialmente. O atual presidente, Renan Calheiros (AL), que também pode
concorrer, defende que a maioria da bancada de 19 senadores escolha o candidato
do partido. Os dois parlamentares passaram a manhã desta quinta-feira (29)
recebendo colegas para tratar do assunto.
Independentemente da posição do partido, o senador Luiz
Henrique está decidido a levar sua candidatura adiante. Em entrevista à Agência
Senado, ele disse que tem legitimidade para isso:
— Vou à bancada propor que abra a questão. Caso contrário,
não participarei da votação e vou me apresentar em Plenário. Como fundador e
ex-presidente do MDB, tenho legitimidade — afirmou.
Ainda segundo Luiz Henrique, sua candidatura foi movida por
um sentimento de necessidade de mudança no Parlamento:
— Não saí candidato por minha vontade. É um sentimento que
perpassa todos os partidos. Lembrando Ulysses Guimarães, nós fomos eleitos para
mudar. Ou mudamos ou merecemos ser mudados. Em 2012, recebi apelo do Renan e
recuei em favor dele. Na ocasião, ele me disse que tinha projeto de ser
candidato a governador em Alagoas. Eu, com espírito partidário que sempre tive,
abri mão. Esse sentimento de mudança já estava lá atrás. Agora é irreversível.
Não sou dono da candidatura, mas depositário da confiança da maioria dos
senadores. E vou até o fim — afirmou.
Para o representante de Santa Catarina, não seria bom negócio
para a legenda a derrota interna de um dos dois candidatos:
— Seria ruim se o PMDB derrotasse um dos dois candidatos
porque ambos têm história no partido. Espero que o presidente Renan seja o
condutor desse processo e que o partido diga que tem dois candidatos a
presidente. Vai assumir aquele que for mais votado em Plenário. Esse é o
encaminhamento democrático — afirmou.
Na mesma reunião, o PMDB deve definir também o líder de sua
bancada na nova sessão legislativa.
Maioria
O vice-líder do PMDB, Romero Jucá (RR), defendeu a obediência
à decisão da maioria dentro do partido. Para ele, quem receber a aprovação da
bancada deve ser o candidato oficial:
— Quem não for indicado que cumpra o desígnio da bancada e
possa se somar ao candidato indicado para votar por unanimidade o PMDB nesta
disputa — afirmou em entrevista à Rádio Senado.
O PSB, que terá seis senadores na próxima legislatura, avisou
que vai apoiar o candidato que se comprometer com as propostas apresentadas
pela legenda, o que inclui as reformas política e tributária, a rediscussão do
pacto federativo e mudanças nas formas de distribuição de relatorias e comandos
das comissões entre os senadores.
— E se nenhum candidato se apresentar disposto a analisar
isso, nós então manteremos nossa proposta e candidatura do senador Antonio
Carlos Valadares — afirmou a líder do partido, Lídice da Mata (PSB-BA).
Eleição:
O presidente e demais integrantes da Mesa Diretora do Senado
têm mandatos de dois anos. Todos serão eleitos em votação secreta no Plenário,
por maioria simples de votos, com a presença da maioria absoluta (41) dos 81
senadores.
De acordo com o Regimento Interno do Senado, a composição da
Mesa deve seguir, na medida do possível, a representação proporcional dos
partidos e blocos parlamentares na Casa. Por essa regra, o PMDB, dono da maior
bancada, deve indicar o presidente, o segundo-vice-presidente e o suplente de
quarto-secretário. O PT, que tem 13 senadores, deve indicar o
primeiro-vice-presidente e o segundo-secretário. O PSDB, com 11 parlamentares,
ficaria com o nome para a primeira-secretaria.
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