MINISTÉRIO PÚBLICO DENUNCIA EIKE E PEDE BLOQUEIO DE R$ 1,5 BI
Empresário Eike Batista foi acusado pelo Ministério Público
Federal do Rio de Janeiro de manipulação e uso indevido de informação
privilegiada contra o mercado de capitais com ações da petroleira OGX; crimes
podem gerar pena de até 13 anos de reclusão; órgão pede ainda o bloqueio dos
bens de Eike e dos imóveis doados aos filhos Thor e Olin e a mulher Flávia
Sampaio, somando até R$ 1,5 bilhão, para futura indenização dos prejuízos
causados.
O Ministério Público Federal no Rio de Janeiro (MPF/RJ)
denunciou o empresário Eike Batista por manipulação de mercado e uso indevido
de informação privilegiada, crimes que podem condená-lo a até 13 anos de
reclusão.
O MPF pediu o bloqueio de todos os ativos financeiros de Eike
no Brasil assim como de imóveis, carros, barcos e aeronaves no valor total de
até 1,5 bilhão de reais para futura indenização dos prejuízos, segundo
comunicado da assessoria de imprensa do MPF enviado neste sábado.
Também foi requerido o bloqueio de imóveis doados pelo
empresário aos filhos Thor e Olin e à mulher Flávia Sampaio.
Segundo o MPF, o crime de manipulação de mercado ocorreu na
ocasião em que Eike teria simulado a injeção de até 1 bilhão de dólares pela
compra de ações da OGX, que depois foi rebatizada de Óleo e Gás Participações
(OGXP3.SA: Cotações) e atualmente está em processo de recuperação judicial.
O empresário teria tentado manter os preços das ações
elevados artificialmente, mesmo já sabendo que os campos de exploração Tubarão
Tigre, Tubarão Gato e Tubarão Areia não teriam a prospecção anunciada.
Já a segunda acusação se refere ao uso de informações ainda
não divulgadas ao mercado para se beneficiar com a venda das ações da OGX.
A Comissão de Valores Mobiliários (CVM) também tem uma
investigação aberta para apurar operações feitas pelo empresário na Bolsa de
Valores. O grupo EBX tem negado que houve má fé ou uso de informação
privilegiada por Eike.
"Se tivesse acesso a informação privilegiada na época
questionada e intenção de se valer disso, Eike Batista poderia ter vendido toda
sua participação na OGX", afirmou o grupo EBX quando a investigação da CVM
ficou conhecida. [nL2N0N400C]
Representantes do empresário não foram encontrados
imediatamente para comentar a notícia neste sábado.
Fonte: Jornal 247
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