TJ-RJ DECRETA LUTO DE TRÊS DIAS POR MORTES EM BANGU

A presidenta do TJ-RJ, desembargadora Leila Mariano, decretou luto oficial de três dias pelas mortes acontecidas após o atentado no Fórum de Bangu, na zona oeste do Rio; no incidente, um grupo de criminosos armado, munido de fuzis, tentou resgatar dois presos que estavam participando de uma audiência. "Nós, do Poder Judiciário, estamos de luto", disse a jurista

5 DE NOVEMBRO DE 2013 ÀS 12:10

Douglas Corrêa
Repórter da Agência Brasil

Rio de Janeiro - A presidenta do Tribunal de Justiça do Estado do Rio de Janeiro (TJRJ), desembargadora Leila Mariano, decretou hoje (4) luto oficial de três dias pelas mortes acontecidas após o atentado no Fórum de Bangu, na zona oeste do Rio, na última quinta-feira, (31). No incidente, um grupo de criminosos fortemente armado, munido de fuzis, tentou resgatar dois presos que estavam participando de uma audiência. "Nós, do Poder Judiciário, estamos de luto", disse. O anúncio do luto foi feito na abertura da sessão do Órgão Especial, formado pelos 25 desembargadores mais antigos.

A presidenta do tribunal sugeriu, inclusive, o nome do terceiro-sargento da Polícia Militar Alexandre Rodrigues de Oliveira, morto no atentado para receber - em homenagem póstuma - o Colar do Mérito Judiciário, entregue no Dia da Justiça, comemorado em 8 de dezembro, às personalidades que prestaram relevantes serviços à cultura jurídica e ao Judiciário fluminense. "Ele foi decisivo para que não houvesse um número muito maior de mortos", analisou.

Os presos que seriam resgatados são: Alexandre de Melo, o Piolho, e Vanderlan Ramos da Silva, o Chocolate, que não conseguiram escapar. A ação foi comandada pelo traficante Leandro Nunes Botelho, o Scooby Doo, que liderava o comércio de drogas no Morro dos Macacos, em Vila Isabel, na zona norte, e deixou a comunidade após a instalação de uma Unidade de Polícia Pacificadora (UPP), no dia 30 de novembro de 2010.

No dia seguinte ao incidente, a presidenta do TJRJ, por meio de nota oficial, lamentou as mortes do menino Kayo da Silva Costa, de 8 anos e do sargento Alexandre Rodrigues de Oliveira, de 39, e se solidarizou com as famílias das vítimas, tendo se colocado à disposição para prestar todo o atendimento e suporte necessários. O militar trabalhava na segurança da portaria do fórum e o menino foi atingido na cabeça quando era levado pela avó para o treino de futsal na escolinha do Bangu Atlético Clube, onde jogava futebol de salão.

O Fórum de Bangu permaneceu fechado na última sexta-feira (1º) para a perícia, e foi reaberto hoje. "Abrimos o fórum para receber os servidores e todas as pessoas que forem lá nos procurar, mas com a ciência de que todos estão muito abalados", disse a desembargadora.

Edição: Fábio Massalli