Fonte: Jornal Eletrônico Rio247
O pré-candidato ao governador do Rio e senador Lindbergh Farias (PT) defendeu a saída imediata do PT do governo Sérgio Cabral. Em ato da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB), contra a violência da polícia durante as recentes manifestações dos professores na cidade do Rio, nesta segunda-feira (7), o parlamentar afirmou que "forçará" a votação de uma proposta no diretório estadual do PT para concretizar o seu ponto de vista e confessou querer dialogar com o PSB.
"O PT tem que sair desse governo imediatamente. Já passou do ponto. As pessoas têm que se posicionar a favor ou contra", declarou o senador. Segundo O Globo, petista disse que nunca viu uma violência tão grande como a que vem ocorrendo nos protestos da cidade do Rio. "Eu participei de muitas manifestações, mas na história recente nunca houve algo parecido", acrescentou.
Na gestão do governador do Rio, Sérgio Cabral (PMDB), o PT comanda duas secretarias, a da Meio Ambiente (Carlos Minc) e a de Assistência Social (Zaqueu Teixeira). De acordo com o Lindberg Farias, o Partido dos Trabalhadores possui uma participação significativa dos professores na base da legenda. Dessa forma, para o parlamentar, a sigla não pode mais continuar na base aliada de Cabral após as últimas agressões aos docentes por parte da polícia.
O senador aproveitou, ainda, e disse que pretende dialogar com o PSB, que tem como pré-candidato ao Palácio do Planalto o governador de Pernambuco e presidente nacional da legenda, Eduardo Campos. No Rio, a sigla almeja lançar o ex-ministro da Saúde José Gomes Temporão, até para fortalecer o nome de Campos no terceiro maior colégio eleitoral do país, numa região, o Sudeste, onde o gestor pernambucano ainda não tem tanta penetração como no Nordeste.
O diálogo com o PSB pretendido pelo senador Lindbergh Farias pode apontar para uma tentativa de ter o apoio dos socialistas em 2014, algo que, aparentemente, não parece uma tarefa tão simples devido à necessidade de Campos em aumentar a sua popularidade nos estados do Sudeste. Por enquanto, o que, de fato, o parlamentar buscará no PSB é uma incógnita.
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