Marco Damiani _247 – O PSol tanto fez que saiu da composição da CPI dos Ônibus. De maneira surpreendente, o vereador Eliomar Coelho, um dos três representantes do partido na Câmara e requerente da comissão, renunciou na manhã de hoje à sua cadeira na CPI, em protesto. Ele esteve reunido por quase três horas com outros parlamentares, para tentar conseguir mais uma cadeira na comissão para outro vereador de oposição. Não conseguiu.
Na semana passada, liderando um grupo de sete edis, Coelho conseguiu decisão judicial que suspendeu os trabalhos da comissão, para que se oferecesse a vaga pleiteada. A maioria, porém, provou que, pelos critérios de proporcionalidade, o pedido era infundado.
Então, Eliomar Coelho renunciou. À medida em que ele era uma único integrante da CPI que assinara o próprio requerimento para a sua instalação, é fácil entender que, agora, a comissão ficou esvaziada. O membros que permaneceram, a começar pelo presidente Henrique Brazão, do PMDB, não estão ente os signatários. Mesmo assim, a CPI já havia convidado a falar o secretário municipal dos Transportes, Carlos Osório.
O depoimento de Osório, no entanto, foi interrompido, antes do início, por uma guerra de claques e até por um sapatênis atirado sobre o plenário. Osório nem chegou a ir à Câmara. Dias antes, a Casa fora ocupada por um grupo de nove pessoas, com maioria ligada ao PSoL, e tinha um acampamento em suas escadarias.
Agora, o mais provável é que, ao lado da CPI oficial, o PSoL faça, como quer parte de suas bases, uma CPI Púbica, isto é, paralela. É típico do partido agir com esta estratégia. Uma iniciativa deste tipo, no entanto, não teria nenhum poder legal para convocar depoentes ou fechar um relatório aceito formalmente.
Tantas fez o PSoL que conseguiu produzir muito barulho por nada – mas a culpa, é claro, é da maioria da Câmara. Melhor contar outra.
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