Fortes de Niterói ajudaram o Rio a ser patrimônio mundial Complexo que inclui Santa Cruz da Barra, São Luiz, Pico, Rio Branco e Imbuí aparece na lista da Unesco
RIO - O título de Patrimônio Mundial como paisagem cultural urbana concedido ao Rio neste fim de semana pela Unesco contou com colaborações do outro lado da Ponte. Na lista dos locais descritos no site da entidade como aqueles que compõem as “paisagens cariocas entre a montanha e o mar” estão os Fortes Históricos de Niterói. De acordo com a assessoria de imprensa da entidade, eles fazem parte do sítio “Entrada da Baía de Guanabara”, que inclui o conjunto de morros em que predomina o do Pico, com seu complexo de fortes (Santa Cruz da Barra, São Luiz, Pico, Rio Branco e Imbuí).
A Unesco destacou a inclusão da Fortaleza de Santa Cruz: “Com mais de 450 anos de história, é obra impecável da arquitetura colonial militar luso-brasileira, reconhecida pelo Iphan com o tombamento ocorrido em 1938”. A fortaleza teve sua pedra fundamental colocada no ano de 1555. Suas muralhas foram construídas com pedras cortadas e assentadas à mão, com uma área de 7.153 metros quadrados. O espaço, aberto à visitação, possui um acervo composto de 45 canhões dos séculos XVIII e XIX, além de uma capela datada de 1612, com uma imagem de Santa Bárbara do século XVIII.
A “casquinha” da cidade vizinha do Rio pegou de surpresa até os próprios niteroienses. Presidente da Niterói Empresa de Lazer e Turismo (Neltur), Jose Haddad, admitiu que não sabia que os fortes entraram na lista da Unesco, mas ressaltou que o fato só reforça a parceria com o Rio:
— Já desenvolvemos desde 2005 um cardápio regionalizado de turismo com o Rio. Já somos aliados da cidade. É bom porque fortalece a dinâmica da parceria.
Outros locais citados pela Unesco, os fortes Rio Branco e Imbuí são ligados por uma pequena estrada cercada de árvores e praias, compondo, com o Forte do Pico, um conjunto de 3,2 milhões de metros quadrados, com uma parte de Mata Atlântica preservada e presenças de animais como preguiças, saguis e corujas nativas.
FONTE: O GLOBO
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