Grávida morre após não conseguir atendimento em dois hospitais Bebê foi salvo. Mãe foi atendida na terceira unidade de saúde que passou.




do RJ INTER TV 1ª Edição


Em Macaé, uma história triste de uma gravidez que deveria ter tido um final feliz virou caso de Polícia. Uma mulher morreu no fim da gestação depois de fazer uma peregrinação pelos hospitais de Macaé em busca de socorro.


O bebê foi salvo quando a mãe foi atendida na terceira unidade de saúde que passou. Uma dor imensa para a família que agora quer uma posição do conselho médico e da justiça.


Daniela teve uma gestação tranquila. Os exames mostram 38 semanas de gravidez saudáveis para mãe e filha. Estava tudo certo, até o dia em que ela acordou passando mal. A reação do marido Vitor Brandão foi levá-la para o Hospital São João Batista, que faz atendimentos particulares e do SUS.


A equipe da INTER TV esteve no hospital. Sem gravar entrevista, a funcionária que se disse responsável pelo hospital, disse que não prestam mais atendimento de urgência e emergência. No dia, a família então correu para a Clínica São Lucas, outra unidade que faz atendimentos particulares na cidade. Mas lá a medica que recebeu Daniela teria dito que não havia os recursos necessários ao socorro e nem ambulância para a paciente.


Na clínica, ninguém quis gravar entrevista. Tania Maria Lima, a supervisora, disse apenas que o atendimento de urgência e emergência do local é feito 24h por dia. Mas não foi difícil encontrar quem reclamasse da falta de estrutura.


Depois de 4h tentando atendimento adequado na rede privada de saúde, a família levou Daniela para o Hospital Público de Macaé. Eles contam que ela foi rapidamente atendida e levada para o centro cirúrgico. A bebê foi salva. Mas Daniela não.


Na certidão de óbito, as causas da morte: deslocamento prematuro da placenta e eclâmpsia, provocados por pressão alta. A pequena Eliana, de apenas 18 dias, recebe o carinho e os cuidados do pai e da avó. A família registrou o caso na Polícia e enviou uma carta ao Conselho Regional de Medicina descrevendo o que houve.


O Hospital São João Batista disse que só vai falar sobre o assunto na sexta-feira (29). No Hospital São Lucas, a atendente disse que ainda não conseguiu localizar o administrador e somente ele poderia falar sobre o assunto. O delegado responsável pelo caso informou que um inquérito está em andamento e o resultado deve sair em 30 dias.


Já a direção do Hospital Público de Macaé, informou que lamenta a morte da paciente que chegou em estado grave à unidade. A denúncia do caso já foi recebida pelo Conselho Regional de Medicina do Estado e será analisada pelos conselheiros. A partir da análise, um processo ético poderá ser instaurado contra os médicos envolvidos no atendimento.

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