A Fifa rasga o estatuto do torcedores e Lei Geral da Copa é aprovada no Senado com liberação de bebidas



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Por Maria Carolina Marcello

BRASÍLIA, 9 Mai (Reuters) - A Lei Geral da Copa foi finalmente aprovada pelo Senado nesta quarta-feira, após adiamentos e polêmicas que estremeceram a relação do governo com a Fifa.

O projeto, conjunto de regras para a realização do Mundial de 2014 e da Copa das Confederações de 2013, permite de forma genérica a venda de bebidas alcoólicas nos estádios durante os eventos esportivos. A matéria segue agora para sanção da presidente Dilma Rousseff.

Os senadores rejeitaram, por 40 votos a 19, emendas à Lei da Copa que tentavam proibir a venda de bebidas nas arenas. Eles mantiveram o texto principal aprovado pela Câmara dos Deputados no fim de março, o que deixa o ponto mais polêmico da lei, o comércio de bebidas, a cargo dos Estados.

Aqueles que forem sede dos jogos e tiverem legislação contra o álcool terão de assumir a tarefa de suspender essas leis, o que não deverá ser um problema. A maioria das cidades já sinalizou que isso será feito, já que foram assinados acordos prévios com a Fifa acatando a necessidade de se vender cerveja nas arenas para serem escolhidas como sedes.

A entidade que controla o futebol mundial tem especial interesse no tema, uma vez que há uma cervejaria entre seus patrocinadores.

A Lei Geral da Copa teve votação adiada por diversas vezes na Câmara e no Senado e a demora na sua aprovação provocou críticas da Fifa.

O secretário-geral da federação, Jérôme Valcke, chegou a dizer que o Brasil precisava de um "chute no traseiro" para acelerar os preparativos do evento, o que provocou uma crise entre o governo e a Fifa. O incidente gerou pedido de desculpas das autoridades da entidade internacional e foi considerado resolvido pelas duas partes após negociações.

Na terça-feira, após encontro do ministro do Esporte, Aldo Rebelo, com autoridades da Fifa em Zurique, Valcke foi questionado sobre a Lei da Copa. Ele disse que não via necessidade da presença dele ou do presidente Joseph Blatter no Congresso -como foi cogitado por parlamentares- para discutir o tema. 

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