PM reforça patrulhamento na região da Tijuca onde carros foram incendiados.


'Foi um fato pontual. Eu acho leviano fazer afirmações sobre o motivo. No mínimo, foi um ato de vandalismo', disse o comandante do 6º BPM (Tijuca)

Rio - A polícia busca informações que possam levar ao autor do atentado que destruiu dois carros e deixou outros três parcialmente danificados na Rua Barão de Mesquita, Tijuca, Zona Norte do Rio, na madrugada deste domingo, a 250 metros do 6º BPM (Tijuca). Policiais civis vão analisar imagens das câmeras de segurança dos prédios e comércio na tentativa de identificar o vândalo. O resultado da perícia, realizada neste domingo, pode demorar 30 dias. A PM informou que já reforçou o patrulhamento na região.
A polícia trabalha com três hipóteses para o crime: vandalismo, vingança contra o proprietário de algum veículo ou retaliação às UPPs da região - o trecho fica perto dos morros da Cruz, sob a gerência da UPP do Borel, e do Andaraí, também pacificado.
“Foi um fato pontual. Eu acho leviano fazer afirmações sobre o motivo. No mínimo, foi um ato de vandalismo” o comandante do 6º BPM, tenente-coronel Márcio Oliveira Rocha.
Moradores acordaram assustados e disseram que um homem jogou coquetéis molotovs em direção aos veículos que estavam estacionados a 50 metros de distância entre eles, em frente aos prédios 739 e 640 da rua. 
"Já estava dormindo na casa do meu namorado, quando o telefone e o interfone tocaram, informando que o meu carro estava pegando fogo. Foi um desespero. Ligamos para os bombeiros e uma pessoa me disse que um homem teria jogado uma espécie de bomba. O meu carro ficou parcialmente destruído porque estava estacionado ao lado do veículo mais atingido. E o pior é que eu não tenho seguro", explicou a pedadoga Anne Caroline Rubim, 25 anos, dona do Corsa KQC-9377, placa de Duque de Caxias.
O carro de Anne estava estacionado do lado direito do Palio LCQ-5758, que ficou completamente destruído. O dono deste veículo não apareceu no local.  Do lado esquerdo do Palio, o Corsa, placa LCU-2051, foi retirado pelo proprietário antes que pegasse fogo.  "Muita gente apareceu nas janelas para avisar que o carro estava em chamas. Ainda deu tempo de descer as escadas do edifício correndo, pois moro no terceiro andar, e vir tirar o carro, que ficou chamuscado", disse o dono do Corsa, que não quis se identificar.
A 50 metros de onde os três carros foram atingidos, outros dois veículos também foram queimados. Em frente ao prédio 640 da Barão de Mesquita, o Siena LCE-9788 também ficou completamente destruído e o Monza LAX-8054 foi chamuscado pelas chamas. A dona do veículo, que não se identificou, disse que voltaria neste domingo para Minas Gerais, onde mora há quatro anos. "Perdi a noção. Fiquei esperando os bombeiros chegar, ansiosa. Foi um horror. Não dá para entender porque fizeram isso", disse ela.
Carioca da Tijuca, a dona do Siena costuma vir regularmente ao Rio para visitar os familiares.  "Há quatro anos me mudei, em parte por causa da violência, em parte por causa do trabalho. Também cansei de ser assaltada no Rio, e agora me acontece um negócio desses. Meu carro não tem seguro. Cheguei sexta-feira ao Rio e serei obrigada a voltar de ônibus", lamentou a senhora. O caso foi registrado na 20ª DP (Vila Isabel).

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