O Paquistão enterrou neste domingo 24 soldados mortos em um ataque aéreo lançado pela Otan e realiza protestos contra o Estado Unidos.


PESHAWAR, Paquistão (Reuters) - O Paquistão enterrou neste domingo 24 soldados mortos em um ataque aéreo lançado pela Otan na fronteira e milhares se aglomeravam em um consulado dos Estados Unidos para protestar contra a ação.

As mortes podem levar à ruptura da relação entre os Estados Unidos e um aliado considerado necessário para combater militantes na região.

O incidente foi visto como uma provocação dos Estados Unidos, que já haviam enfurecido a poderosa força armada paquistanesa em maio com o ataque das forças especiais norte-americanas que mataram Osama bin Laden.

Autoridades norte-americanas e da Otan estão tentando aliviar as tensões, mas as mortes dos soldados são um teste para o péssimo casamento de conveniência entre Washington e Islamabad.

Helicópteros da Otan e caças baseados no Afeganistão atacaram dois postos militares no Paquistão no sábado, matando os soldados. O Paquistão disse que o ataque não foi provocado.

Em meio à fúria contra o ataque, milhares de pessoas realizaram protesto em frente ao consulado dos Estados Unidos na cidade de Karachi. Um repórter da Reuters que testemunhou a manifestação afirmou que as pessoas gritavam: "Fim da América". Um jovem subiu no muro que protege o consulado e fincou uma bandeira paquistanesa no arame farpado.

Autoridades norte-americanas e da Otan lamentaram as mortes, mas as circunstâncias exatas do ataque não estavam claras.

"Os EUA apunhalam o Paquistão nas costas, de novo", era a manchete do Daily Times, refletindo a fúria com o ataque ao país, uma potência regional vital para os esforços norte-americanos para estabilizar o vizinho Afeganistão.

Fonte: Google Notícias.

Comentários

VEJA AS DEZ POSTAGENS MAIS VISITADAS NOS ÚLTIMOS 7 (SETE), DIAS