VÁRIAS CIDADES TERÃO MANIFESTAÇÕES CONTRA DECISÃO DO CONGRESSO NO DOMINGO (14); VEJA LISTA
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| (crédito: foto reprodução "IA" para ilustração do texto) |
Postagem publicada às 7h35 desta sexta-feira, 12 de dezembro de 2025.
Projeto que reduz penas para Bolsonaro e demais condenados do 8 de janeiro motivou protestos
A população brasileira voltará às ruas neste domingo (14), em
diversas capitais e cidades do país, para denunciar o que movimentos populares
classificam como mais um ataque à democracia por parte do Congresso Nacional. A
aprovação do chamado Projeto de Lei da Dosimetria, na madrugada da última
quarta-feira (10), provocou reações imediatas. As frentes Brasil Popular e Povo
Sem Medo convocam manifestações em todo o país com o mote “Sem anistia para
golpistas!”.
A mobilização acontece uma semana após os protestos do
levante Mulheres Vivas, que reuniram milhares de pessoas em dezenas de cidades
para denunciar a violência de gênero e os altos índices de feminicídio. Os
organizadores dos atos deste domingo afirmam que a retomada das ruas é uma
resposta direta ao Congresso e à tentativa de reduzir penas de envolvidos nos
atos golpistas do 8 de janeiro, incluindo o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL),
condenado a 27 anos e três meses de prisão.
Para Camila Moraes, da coordenação nacional do Levante
Popular da Juventude e secretária-geral da União Nacional dos Estudantes (UNE),
o chamado às ruas no dia 14 fecha um ciclo de retomada da mobilização popular.
“Nós precisamos dar uma resposta nas ruas, assim como fizemos com os atos do
dia 21 de setembro. Derrubamos a PEC da bandidagem porque fomos para a rua. Se
queremos derrubar a PEC da Dosimetria, temos que nos mobilizar mais uma vez”,
afirmou.
Ana Carolina Vasconcelos, da coordenação nacional do
Movimento Brasil Popular, destaca que a mobilização é também um recado sobre os
desafios do próximo período. “A população brasileira está de olho na dinâmica
política e não aceita a forma autoritária como a extrema direita e o Centrão
têm tentado implementar sua agenda no Legislativo”, afirma. Segundo ela, a
organização popular será fundamental para enfrentar o avanço do neoliberalismo
e construir vitórias nas eleições de 2026.
“Mais uma vez é uma tentativa da continuidade do golpe”,
afirma Milton Rezende, o Miltinho, da Central Única dos Trabalhadores (CUT).
“Estão trabalhando novamente para dar um golpe parlamentar e anistiar Bolsonaro
e os criminosos do 8 de janeiro.”
Segundo ele, o Congresso deveria estar discutindo pautas de
interesse do povo, como a redução da jornada de trabalho e o fim da escala 6×1.
Congresso
Entenda o que está em jogo com o PL da dosimetria
O PL da Dosimetria foi aprovado pela Câmara dos Deputados às
2h26 da madrugada de quarta-feira (10), com 291 votos favoráveis, 148
contrários e uma abstenção. Apresentado pelo presidente da Casa, deputado Hugo
Motta (Republicanos-PB), e relatado por Paulinho da Força (Solidariedade-SP), o
texto altera as regras de cálculo das penas em crimes como golpe de Estado e
abolição violenta do Estado Democrático de Direito.
Na prática, o projeto impede o acúmulo de penas para crimes
correlatos e estabelece que a progressão de regime possa ocorrer após o
cumprimento de apenas um sexto da pena em regime fechado. No caso de Bolsonaro,
por exemplo, condenado a 27 anos e três meses, a nova regra poderia permitir a
saída da prisão em pouco mais de dois anos. O texto também prevê benefícios
para réus que usaram tornozeleira eletrônica e permite converter dias de
trabalho em redução de pena.
Apesar de seus defensores negarem que o projeto represente
uma anistia, o entendimento de juristas, parlamentares que se opõem à proposta
e movimentos populares é de que se trata de uma manobra para evitar a
responsabilização pelos atos de 8 de janeiro. O presidente Luiz Inácio Lula da
Silva afirmou que só tomará uma decisão sobre o veto quando o texto chegar ao
Executivo, mas reiterou que Bolsonaro foi preso “porque tentou fazer uma coisa
muito grave”, como atentar contra a vida de autoridades e planejar um golpe de
Estado.
A sessão de votação foi marcada por episódios de violência e
repressão. O deputado Glauber Braga (Psol-RJ) foi retirado à força do plenário
após denunciar a pauta. O sinal da TV Câmara foi cortado durante a sessão, em
um episódio sem precedentes desde a redemocratização. Para os movimentos
populares, isso apenas reforça a avaliação de que o Congresso atua descolado da
sociedade.
O texto agora segue para o Senado. O presidente da Casa, Davi
Alcolumbre (União Brasil-AP), já indicou que pode levar o projeto diretamente
ao plenário, acelerando sua tramitação.
Veja onde acontecem os atos no domingo (14)
Norte
Porto Velho (RO): 15h – Praça da Estrada de Ferro
Manaus (AM): 9h – Faixa liberada da avenida Getúlio Vargas
- Nordeste
Fortaleza (CE): 15h – Praia de Iracema, 1750 (Espigão da Rui
Barbosa)
João Pessoa (PB): 9h – Busto de Tamandaré
Recife (PE): 14h – Rua da Aurora
Natal (RN): 9h – Av. Roberto Freire, em frente ao Ferreira
Costa
São Luís (MA): 9h – Largo do Carmo
- Centro-Oeste
Brasília (DF): 9h – Concentração no Museu da República, com
marcha rumo ao Congresso às 10h
Campo Grande (MS): 8h – Avenida Afonso Pena com 14 de Julho
- Sudeste
São Paulo (SP): 14h – MASP (Avenida Paulista)
Campinas (SP): 9h – Largo do Pará (a confirmar)
Araçatuba (SP): 9h – Câmara Municipal
Botucatu (SP): 10h – Em frente à EECA
Ribeirão Preto (SP): 15h30 – Esplanada Pedro II
Rio de Janeiro (RJ): 13h – Posto 5 de Copacabana
Belo Horizonte (MG): 9h – Praça Raul Soares
Uberlândia (MG): 9h30 – Praça Clarimundo Carneiro
Vitória (ES): 16h – UFES
- Sul
Porto Alegre (RS): 14h – Arcos da Redenção
Florianópolis (SC): 9h30 – Ponte Hercílio Luz (lado ilha)
Joinville (SC): 17h – Praça Nereu Ramos
Curitiba (PR): 14h – Boca Maldita
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Com informações ICL Notícias.




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