MINISTÉRIO PÚBLICO FEDERAL ARQUIVA INVESTIGAÇÃO CONTRA BOLSONARO SOBRE IMPORTUNAÇÃO DE BALEIA
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(foto reprodução "IA" para ilustração do texto) |
Postagem publicada às 06h20 desta terça-feira, 1º de abril de 2025.
Ex-presidente se aproximou de animal com um jet ski ligado
O Ministério Público Federal (MPF) em São Paulo arquivou
nesta segunda-feira (31) a investigação que apurava se o ex-presidente Jair
Bolsonaro cometeu crime ambiental ao pilotar um jet ski próximo a uma baleia
jubarte, em junho de 2023, em São Sebastião, no litoral paulista.
O MPF arquivou o inquérito por entender que não foram
reunidas provas para comprovar a intenção de Bolsonaro de molestar o animal,
fato decisivo para enquadrar o caso como crime ambiental
Vídeos que foram publicados nas redes sociais mostraram que,
de jet ski e com o motor ligado, Bolsonaro se aproximou de uma baleia jubarte
no momento em que ela aparecia na superfície da água.
O ex-presidente chegou a ficar a menos de 15 metros de
distância do animal. Uma portaria do Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e
dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama), no entanto, proíbe embarcações com
motor ligado a menos de 100 metros de qualquer baleia.
De acordo com o Ministério Público, por tratar-se de questão
administrativa, o arquivamento da investigação criminal não tem impacto na
decisão do Ibama que multou o ex-presidente em R$ 2,5 mil pela importunação da
baleia.
Defesa
Pelas redes sociais, o advogado Paulo Cunha Bueno,
representante de Bolsonaro, declarou que a defesa sempre afirmou que a apuração
era um "absurdo".
"A eminente procuradora da República, subscritora do parecer, acolheu as razões que articulamos como linha de defesa durante as diligências da Polícia Federal e que, ao final, evidenciaram, a um só tempo, o absurdo daquela apuração e a mobilização da máquina estatal na direção de um episódio nitidamente sem qualquer repercussão jurídica, mas que, no entretanto, foi amplamente explorado pelo ambiente político", disse.
O advogado também afirmou que vai insistir na defesa do
arquivamento de outras investigações. "A defesa continuará envidando todos
os esforços para que as demais imputações tenham endereçamento análogo,
perseguindo o divórcio entre questões jurídicas e questões políticas",
completou.
Na semana passada, o ministro Alexandre de Moraes, do Supremo
Tribunal Federal (STF), arquivou a investigação aberta contra Bolsonaro sobre a
fraude nos cartões de vacinação. No entanto, em outro processo, Bolsonaro e
mais sete acusados se tornaram réus no Supremo pela trama golpista.
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Com informações Agência Brasil.
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