ATO PRÓ-ANISTIA: BATOM INFLÁVEL VIRA SÍMBOLO DA MANIFESTAÇÃO PAULISTA NESTE DOMINGO (06.04.2025)
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| (crédito: foto reprodução "IA" Rede Siciais) |
Postagem publicada às 15h40 deste domingo, 06 de abril de 2025.
No ato bolsonarista realizado deste domingo (6/4), na Avenida
Paulista, em São Paulo, um item inusitado ganhou protagonismo e virou símbolo
da manifestação: um batom inflável gigante, em referência à cabeleireira Débora
Rodrigues dos Santos, presa por pichar, com um batom, a estátua "A
Justiça" em frente ao Supremo Tribunal Federal (STF), durante os ataques
golpistas de 8 de janeiro de 2023.
A cena de Débora escrevendo a frase “Perdeu, mané” — mesma
expressão usada pelo presidente do STF, ministro Alexandre de Moraes, em uma
abordagem policial no passado — viralizou nas redes sociais. À época se tornou
uma das imagens mais marcantes da depredação da sede dos Três Poderes.
Dois anos depois, Débora se tornou símbolo da ala bolsonarista que pede anistia aos envolvidos nos atos antidemocráticos. Em prisão domiciliar e ainda sendo julgada, ela pode pegar até 14 anos de prisão, conforme o voto do relator Alexandre de Moraes, por crimes como associação criminosa armada, golpe de Estado e deterioração de patrimônio tombado.
O batom inflável exibido na Paulista foi produzido no mesmo
estilo dos “pixulecos”, bonecos gigantes que se popularizaram durante os
protestos pelo impeachment da ex-presidente Dilma Rousseff, entre 2015 e 2016.
Com quase três metros de altura, o objeto foi carregado por manifestantes como
forma de denunciar o que chamam de “exagero judicial” nas penas aplicadas aos
réus do 8 de janeiro.
“A Débora é o retrato do absurdo. Pichar uma estátua virou
crime de golpe de Estado?”, disse uma das manifestantes, vestida de verde e
amarelo e segurando um cartaz pedindo "liberdade para os patriotas".
A frase ecoa entre os participantes do ato, que acusam o STF de parcialidade e
perseguição.
A manifestação deste domingo reune novamente o ex-presidente
Jair Bolsonaro, políticos aliados, representantes de movimentos conservadores e
apoiadores de diversos estados. No palco montado na Paulista, as falas
concentraram críticas ao Judiciário, pedidos de anistia e defesa de uma revisão
das decisões do Supremo.
Em sua fala, Bolsonaro não citou diretamente o nome de Débora
Rodrigues, mas voltou a pedir "justiça" para aqueles que, segundo
ele, "não cometeram violência, mas estão pagando um preço alto demais por
se manifestarem".
O uso do caso de Débora como símbolo de resistência expõe as
divisões profundas na sociedade brasileira sobre os acontecimentos de 8 de
janeiro. Enquanto parte da opinião pública vê nos atos uma tentativa clara de
golpe, apoiadores do ex-presidente tentam reverter a narrativa, apresentando
alguns dos réus como vítimas de um processo judicial politizado. Débora
Rodrigues, por sua vez, permanece em prisão domiciliar, aguardando decisão
final do STF.
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Com informações Correio Braziliense.
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