BRASIL DEIXA WASHINGTON EM ALERTA: 'SE TENTAREM INVADIR SERÁ O MAIOR ERRO'
(crédito: foto reprodução/CISG) |
Postagem publicada às 10h40 desta quinta-feira, 26 de dezembro de 2024.
Parceria secreta entre o Exército do Brasil e Vietnã mudou o jogo militar contra os EUA: aliança geopolítica enviou um recado claro a Washington
Você sabia que uma parceria militar entre o Exército do Brasil e o Vietnã foi uma resposta estratégica para enviar um forte recado aos Estados Unidos, em meio a tensões globais sobre a corrida armamentista e o poderio nuclear? Essa aliança inesperada, envolvendo uma visita secreta de oficiais brasileiros ao país asiático, revelou uma estratégia audaciosa que pode mudar a maneira como o Brasil é visto no cenário militar mundial.
Hoje vocês vão conhecer os detalhes do dia em que o exército brasileiro buscou uma parceria militar com o exército do Vietnã para enviar um claro alerta aos Estados Unidos. Continue lendo e confira toda essa trama geopolítica e como ela impactou diretamente o futuro das nossas forças armadas.
O dia que os EUA souberam que se tentassem invadir o Brasil seria como um novo super Vietnã
Em 2003, sob a liderança do presidente Bush, os Estados Unidos e a OTAN invadiram e arrasaram o Iraque, sob a falsa acusação de que o país mantinha armas químicas em seu arsenal. O Brasil, então sob o governo de Lula, mantinha divergências ideológicas e políticas com o presidente americano. A principal dessas divergências, que foi posteriormente tratada frente a frente por ambos, era a entrada do Brasil no Conselho de Segurança da ONU, pleiteada por Lula, mas que não estava nos planos de Bush.
O motivo aparente da falta de apoio de Bush era a visão ideológica de Lula sobre o direito de outros países desenvolverem sua tecnologia nuclear para fins pacíficos, traduzido pelo apoio ao programa nuclear iraniano. Para Lula, o país que tem armas nucleares não pode exigir que outro não tenha, o que gerou inclusive denúncias de jornalistas e americanos de que, com Lula na presidência, o programa nuclear brasileiro correria o risco de deixar de ser apenas para fins pacíficos.
A parceria militar entre Brasil e Vietnã: um recado estratégico aos EUA
A invasão dos Estados Unidos ao Iraque sob falsas acusações e as especulações de jornalistas estrangeiros sobre o programa nuclear brasileiro ativaram um alerta no governo e no exército brasileiro: embora remota, existia a possibilidade de que, no futuro, o Brasil pudesse ser o próximo alvo. Em 2005, por proposta do Comando de Operações Terrestres e com total apoio de Lula, o exército brasileiro enviou uma comitiva militar ao Vietnã. O objetivo era fazer os primeiros contatos com as Forças Armadas vietnamitas e, no futuro, promover intercâmbios sobre a doutrina de resistência nos níveis estratégico, tático e operacional.
Na mesma época, o site do exército brasileiro publicou uma entrevista com o General Cláudio Barbosa de Figueiredo, comandante militar da Amazônia. Questionado, o oficial não escondeu que o Brasil recorreria a ações de resistência semelhantes às de países como o Vietnã em caso de conflito na Amazônia. Segundo Figueiredo, a estratégia de resistência não difere muito da guerra de guerrilha e é um recurso do qual o exército não abriria mão em um possível confronto com um país ou grupo de países com maior poderio econômico e bélico do que o Brasil.
Ida do Exército brasileiro ao Vietnã, a mensagem era clara: “o Brasil não será um novo Iraque”
A ida da comitiva militar brasileira ao Vietnã foi interpretada por alguns jornalistas e especialistas como uma mensagem geopolítica, mais do que uma busca por conhecimentos militares. Era um claro recado de Lula a Bush: “Não pense que poderá fazer com o Brasil o que fez com o Iraque. Aqui, a resistência duraria décadas.”
De fato, o exército brasileiro viu nesta comitiva uma grande oportunidade de aprender diretamente com os criadores da doutrina de resistência e guerra de longa duração, considerada a melhor estratégia para combater inimigos muito mais poderosos. A ideia agradou tanto a Lula que, três anos depois, ele se tornou o primeiro presidente brasileiro a visitar oficialmente o Vietnã, onde fez grandes elogios aos vietnamitas, que, em um século, haviam expulsado franceses e americanos de seu território.
A aliança estratégica do Exército brasileiro que fortaleceu a defesa nacional e operações de combate na selva
A comitiva brasileira, enviada em 2005, foi liderada pelo coronel Luiz Rola, das operações terrestres, e composta por mais três oficiais, incluindo oficiais do Estado-Maior do Centro de Instrução de Guerra na Selva. De volta ao Brasil, o coronel Rola escreveu um artigo sobre os conhecimentos adquiridos e os objetivos alcançados pela comitiva. Segundo ele, o Vietnã enfrentou várias invasões ao longo de sua história, desde o Império Mongol até os Estados Unidos, e conseguiu expulsar todos os invasores com bravura, utilizando a doutrina do combate de longa duração.
A principal missão da comitiva brasileira era buscar uma aproximação inicial com as Forças Armadas vietnamitas para, futuramente, promover intercâmbios doutrinários nos níveis estratégico, operacional e tático, com ênfase nas áreas de inteligência, operações e emprego de tropas de pequenas frações em regiões de selva.
Visita estratégica do Exército Brasileiro ao Vietnã: conhecendo as forças armadas e fortalecendo laços militares
A comitiva desembarcou na capital, Hanói, e permaneceu por três dias, visitando duas grandes unidades: os quartéis-generais das Forças Armadas vietnamitas e da 308ª Divisão do Exército, além do Museu de História Militar. Posteriormente, deslocaram-se para a cidade de Ho Chi Minh (antiga Saigon), onde permaneceram por mais três dias, visitando o quartel-general da 7ª Zona Militar, o Museu da Segunda Guerra da Indochina (ou Guerra do Vietnã) e os túneis subterrâneos de Cu Chi.
O Vietnã, um país do tamanho do estado de Goiás, possui uma geografia semelhante à do estado do Rio de Janeiro, com uma planície costeira ao longo de 3 mil km de litoral e uma vasta área montanhosa coberta por selva tropical, bastante parecida com a Amazônia. O coronel Rola destacou como um dos aspectos mais impressionantes da visita os cerca de 250 km de túneis subterrâneos construídos pelos vietnamitas para defender o país.
Ele finaliza o artigo mencionando que o principal objetivo da comitiva – consolidar uma aproximação com as Forças Armadas vietnamitas visando a uma troca de conhecimentos sobre a doutrina de resistência – foi alcançado. Como resultado dessa visita, o governo do Vietnã implantou uma adidância militar junto à embaixada vietnamita em Brasília.
Infelizmente, por algum motivo, uma aproximação mais profunda para o intercâmbio de treinamentos entre o exército brasileiro e o vietnamita não avançou. Isso poderia ter proporcionado uma excelente troca de experiências, trazendo vietnamitas para exercícios no Brasil e enviando brasileiros para treinamentos no Vietnã, além de abrir o mercado vietnamita para a venda de armas brasileiras.
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Com informações Revista Sociedade Militar.
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