O TRIPÉ CRISTO-OXALÁ DA MANGUEIRA NÃO DESFILARÁ APÓS CRÍTICAS DA IGREJA

Foto: Desfile da Mangueira. Fotógrafo Fernando Grilli/Riotur.


Após críticas da Igreja Católica, a Mangueira não resolveu não incluir no desfile das campeãs, que acontece neste sábado (2), uma das alegorias mais marcantes do carnaval: o tripé "Santo e orixá". A imagem traz Jesus Cristo de um lado e, de outro, Oxalá.

A decisão foi tomada depois de a Arquidiocese do Rio de Janeiro entrar em contato com a Liga Independente das Escolas de Samba criticando a alegoria. Segundo a entidade, a Verde e Rosa não sofrerá punição porque, de acordo com o regulamento, cada escola tem direito a não levar um elemento.

"Queremos manter o bom convívio com a Igreja. Se eles se sentiram desconfortáveis com isso, é natural que a escola decida não desfilar com ele novamente", disse o presidente da Liesa, Jorge Castanheira, em entrevista ao Extra.

Segundo a reportagem, a alegoria é um sincretismo religioso, trazendo o Senhor do Bonfim, venerado sob a imagem do Nosso Senhor Jesus Cristo em ascensão, e Oxalá, orixá associado à criação do mundo.

"Lamento essa decisão, porque foi uma das imagens mais bonitas do ano. Mas os presidentes da Mangueira e da Liesa chegaram a um acordo, para evitar polêmicas", afirmou o carnavalesco Leandro Vieira, que criou a alegoria.

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