VEJA AS PRINCIPAIS NOTÍCIAS POLÍTICAS DIVULGADA MÍDIA NA MANHÃ DESTA SEGUNDA-FEIRA (12/12)




Sem saída: Temer pode perder aliados após delação da Odebrecht.

O momento é realmente delicado para o presidente Michel Temer. Além de enfrentar manifestações Fora Temer, da crise econômica, o presidente precisa lidar com a repercussão da delação premiada do ex-vice presidente de Relações Institucionais da Odebrecht, Cláudio Melo Filho.
Segundo a coluna Painel, da Folha de S. Paulo, não há mais meias-palavras nos corredores do Congresso Nacional. É hora de Michel Temer apaziguar os ânimos "ou corre sérios riscos de cair".

Pessoalmente, Temer não pode ser processado pelas 43 citações de Melo Filho, pois a Lei Brasileira determina que um presidente só pode responder a processos por crimes cometidos no mandato atual. A delação revela supostas irregularidades de 2014. O documento de 82 páginas cita 24 políticos com quem o presidente tem relações próximas, como o ministro da Casa Civil, Eliseu Padilha e o ex-ministro, Gedel Vieira Lima. Um baque forte para a cúpula do PMDB e para o próprio presidente.

É preciso considerar ainda que apenas parte do documento foi divulgado e ainda faltam mais 75 delações da 77 acordadas com executivos da Odebrecht, inclusive a do ex-presidente da empreiteira, Marcelo Odebrecht. Não bastasse a onda negativa, o Instituto Datafolha divulgou no fim de semana os índices de popularidade do Governo Temer. Segundo o El Pais, a avaliação péssimo/ruim passou de 31% para 51%, entre julho e dezembro. O número de eleitores que querem a renúncia do presidente e eleições diretas ainda neste ano já se iguala ao de Dilma Rousseff (PT) antes do impeachment, 63%.

O comentário geral é que o presidente é menos resiliente do que o presidente do Senado, Renan Calheiros. O que se fala é que a única saída seria uma reforma ministerial. E urgente. A colunista Natuza Nery acredita que a citação, na delação premiada de Melo Filho é o problema principal e talvez não consiga ser resolvido até o final do ano.

Nos bastidores do Palácio do Planalto, o clima é muito tenso: de acordo com o jornal O Globo, o governo tem medo que a repercussão da delação afete votações importantes no Congresso, como as medidas de ajuste fiscal, como a PEC do Teto. O presidente convocou reunião de emergência neste domingo. Entre os presentes, os principais ministros, incluindo Eliseu Padilha.


Ministro da Justiça se reúne com Janot após vazamentos de delações.

O ministro da Justiça, Alexandre de Moraes, esteve na manhã de hoje (12) no gabinete do procurador-geral da República, Rodrigo Janot. Durante o fim de semana, a Procuradoria-Geral da República (PGR) anunciou que vai abrir uma investigação para apurar o recente vazamento, para a imprensa, de informações sobre as delações de executivos da Odebrecht na Operação Lava Jato.

Desde sexta-feira (9), foram publicadas diversas reportagens com informações atribuídas ao depoimento do ex-diretor de Relações Institucionais da Odebrecht Cláudio Melo Filho, que firmou acordo de delação premiada. Melo seria o responsável pelo relacionamento da empresa com o Congresso Nacional. De acordo com as reportagens, ele teria citado nomes de 51 políticos de 11 partidos que teriam recebido propina da empresa, entre eles o presidente Michel Temer.

As informações divulgadas pela imprensa repercutiram no governo durante o fim de semana. Após os vazamentos, Temer se reuniu com ministros em Brasília, no Palácio do Jaburu, no domingo. Em nota, na última sexta-feira, o Palácio Planalto repudiou as acusações de que o presidente Michel Temer teria solicitado valores ilícitos da empreiteira Odebrecht em meio à campanha à Presidência de 2014.

A reunião com Janot não constava na agenda oficial do ministro da Justiça, Alexandre de Moraes, nem foi confirmada pela assessoria do ministério, que informou apenas a previsão de compromissos no Palácio do Planalto. O ministro saiu do encontro, que durou cerca de 30 minutos, sem falar com a imprensa.

A depender do prejuízo causado pelo vazamento às investigações, é possível que o Ministério Público Federal (MPF) invalide os depoimentos colhidos na delação premiada do ex-executivo da Odebrecht. Situação semelhante levou ao fim das negociações por uma delação premiada do presidente afastado da empreiteira OAS Leo Pinheiro.

Questionado por jornalistas, ao sair da reunião, Alexandre de Moraes não respondeu se o assunto foi tocado no encontro com Rodrigo Janot.

Segundo o procurador-geral da República, a delação de Melo Filho não foi discutida. Janot disse que na reunião tratou da formação de uma força-tarefa entre procuradores e policiais federais para atuar em uma investigação no Rio de Janeiro. Com informações da Agência Brasil.

Renan é denunciado ao STF por corrupção passiva e lavagem de dinheiro.

O procurador-geral da República, Rodrigo Janot, denunciou o senador Renan Calheiros ao Supremo Tribunal Federal, nesta segunda-feira, e corre risco de virar réu mais uma vez, agora dentro da Operação Lava Jato.

Ele é acusado de corrupção passiva e lavagem de dinheiro envolvendo contratos com a Petrobras.

Na semana passada, ele havia virado réu no STF por crime de peculato, que é a apropriação de recursos públicos. 

A denúncia chegou ao Supremo há quase quatro anos. A Procuradoria-Geral da República afirma que Renan Calheiros teve despesas de uma filha com a jornalista Mônica Veloso bancadas por uma empreiteira, a Mendes Júnior.

Na época do escândalo, em 2007, Renan renunciou ao cargo de presidente do Senado.

Comentários

VEJA AS DEZ POSTAGENS MAIS VISITADAS NOS ÚLTIMOS 7 (SETE), DIAS