CURSO DE PSICOLOGIA DA UVA REALIZA PROJETO SOBRE O USO INDEVIDO DE DROGAS EM ESCOLAS PÚBLICAS E PARTICULARES




De maneira lúdica e informativa, adolescentes recebem informações e se fortalecem

Foto: Divulgação da internet. 

Sensibilizar e orientar adolescentes sobre o uso indevido de drogas, oferendo subsídios para que eles internalizem os comportamentos de riscos, se fortaleçam e desenvolvam um senso crítico para dizer não com convicção. Esta é a proposta de um projeto de extensão que o curso de Psicologia da Universidade Veiga de Almeida (UVA) está desenvolvendo em escolas públicas e particulares da Região dos Lagos. Até o fim do semestre, 15 escolas serão contempladas, abrangendo cerca de mil estudantes. Nesta terça (24), o Instituto Presbiteriano recebeu o projeto. Já foram visitados alunos das seguintes instituições: Alexis Novelino, Futuro, Menino Jesus, Santa Rita e Luiz Lindemberg.

Os encontros ocorrem de maneira lúdica e informativa, com palestras vivenciais, exibição de vídeos e dramatização. À frente do trabalho estão o aluno do sétimo período de Psicologia, José Ricardo da Silva, que possui formação como conselheiro em dependência química e tem mais de uma década de experiência na área, e a professora Daniela Magalhães. “O projeto visa orientar, informar e promover reflexões sobre o tema, colaborando, assim, com a possibilidade de redução do índice do uso de drogas e suas problemáticas na população infantojuvenilda região”, informa a professora. José Ricardo conta que areceptividade das escolas tem sido bastante positiva e que os alunos demonstram muita curiosidade sobre o assunto.

O conselheiro destaca que os adolescentes são mais vulneráveis não apenas pela influência e necessidade de aprovação do grupo, mas por fatores biológicos, como o desenvolvimento do cérebro. “Ele precisa ter postura para não ceder à pressão do grupo”, ressalta, citando que circulam muitas informações distorcidas, especialmente na internet, que geram muita confusão. Para ele, as drogas, inclusive as sintéticas, estão cada vez mais disponíveis e acessíveis e já romperam as barreiras de classe social. “Muitos, aos 12 anos, já experimentaram maconha; aos 15, tiveram o primeiro contato com drogas sintéticas como o LSD, também conhecido como ‘doce’, e o ecstasy (‘bala’)”, informa.

O conselheiro discorda do senso comum de que a maconha seja a porta de entrada para as demais drogas ilícitas. “O álcool é esse acesso, pois ele quebra o senso crítico”, enfatiza, lembrando que muitas vezes o exemplo vem dos próprios pais. José Ricardo lembra aos estudantes, ainda, dos riscos de pegar carona com pessoas alcoolizadas.

José Ricardo defende mais investimentos em políticas públicas, especialmente na área da prevenção. “Faz-se muito pouco e os mecanismos de tratamento, como os centros de atenção psicossocial álcool e drogas (CAPS AD), são insuficientes”, analisa. Ele lembra que muitos pais, ao descobrir o envolvimento dos filhos com drogas, pensam logo na internação compulsória como única forma de salvação. Ele acredita que a orientação com profissionais especializados na abordagem ambulatorial deve ser a primeira ferramenta a ser considerada. O conselheiro também destaca a necessidade do diálogo aberto entre família e escola.

A coordenadora do curso, professora Sueli Ourique, acredita na contribuição social do projeto. “É muito importante para o profissional poder levar o seu saber para o espaço onde vive, quebrando o estigma de que psicólogo é coisa de maluco. Projetos assim, promovem uma interação do psicólogo com a comunidade, mostrando que o trabalho é necessário”, destaca.



Andréa Luiza Collet, Assistente de Comunicação Marketing, Relações Institucionais & Serviços ao Aluno.

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