SEGUNDO PESQUISA DO DATAFOLHA, 81% QUEREM O AFASTAMENTO DO PRESIDENTE DA CÂMARA DOS DEPUTADOS EDUARDO CUNHA




Índice de insatisfação com o presidente da Câmara dos Deputados cresce entre o público feminino, os mais ricos e os de maior nível de escolaridade; pelo levantamento, apenas 7% são contra a cassação do deputado, enquanto 4% são indiferentes e 9% não souberam responder; alvo de crescentes protestos, especialmente das mulheres contra a pauta conservadora, Cunha responde a processo no Conselho de Ética por mentir sobre existência de uma conta na Suíça com US$ 5 milhões, supostamente produto de propina em contratos da Petrobras; pesquisa mostra ainda que a agonia do parlamentar fluminense impacta negativamente a imagem do Congresso Nacional, que atingiu seu menor nível desde 1993.



Fonte: Jornal 247.


Pesquisa realizada pelo Instituto Datafolha nos dias 25 e 26 de novembro revela que 81% dos brasileiros acham que o presidente da Câmara dos Deputados, Eduardo Cunha (PMDB-RJ), deveria ter o mandato cassado. O parlamentar é investigado pela Operação Lava Jato, acusado de ter recebido US$ 5 milhões de propina. Cunha mentiu ao Congresso, em depoimento da CPI da Petrobras, alegando que não tinha dinheiro no exterior, razão pela qual é processado no Conselho de Ética da Câmara por quebra de decoro parlamentar. Ele nega que tenha cometido irregularidades.

No levantamento, 7% são contra a cassação do deputado, enquanto 4% são indiferentes e 9% não souberam responder. Na estratificação, 90% dos eleitores com nível superior de escolaridade querem a cassação de Cunha, percentual idêntico ao apurado entre o segmento dos mais ricos, aqueles com renda familiar mensal acima de dez salários mínimos.

A taxa de eleitores favoráveis à cassação do peemedebista é alta mesmo entre os simpatizantes do PMDB identificados pela pesquisa: 81% deles defendem este caminho.

Cunha foi motivo de vários protestos nas últimas semanas, convocados principalmente por organizações femininas, em repúdio à pauta conservadora do parlamentar, como o projeto que cria normas que dificultariam o aborto nos casos previstos em lei.

A imagem do Congresso Nacional também está muito deteriorada. A taxa dos que avaliam o desempenho de deputados e senadores como ruim ou péssima deu um salto para 53%. Ela vinha caindo desde o início do ano, de 50% para 42%.

Esse patamar de desaprovação ao Congresso é o segundo pior desde abril de 1993, quando o Datafolha fez a pergunta pela primeira vez. Em setembro daquele ano, 56% anotaram ruim ou péssimo. 

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