IBOVESPA OPERA EM ALTA E DÓLAR BATE R$ 3,80



Bolsa opera em alta nesta quinta-feira 3 seguindo as bolsas internacionais em meio a estímulos do BCE anunciados pelo presidente da instituição, enquanto por aqui, ficam no radar as preocupações sobre a permanência do ministro da Fazenda, Joaquim Levy, no cargo; dólar futuro para outubro sobe 0,98% a R$ 3,832.


Fonte: Jornal 247.


Quinta-feira (3) seguindo as bolsas internacionais em meio a estímulos do BCE (Banco Central Europeu) anunciados pelo presidente da instituição, Mário Draghi. As bolsas europeias e os índices Dow Jones e S&P 500 registram ganhos. No entanto, por aqui, ficam no radar as preocupações sobre a permanência do ministro da Fazenda, Joaquim Levy, no cargo.

Às 10h05 (horário de Brasília), o benchmark da Bolsa brasileira subia 0,40%, a 46.971 pontos. Já o dólar futuro para outubro sobe 0,98% a R$ 3,832. Draghi aumentou o limite de compras de porções da dívida de cada membro da zona do euro de 25% para 33%.

Já na parte negativa do noticiário, fica a informação da Folha de S. Paulo desta quinta que mostra que Levy reclamou à presidente Dilma Rousseff (PT) e ao vice-presidente, Michel Temer (PMDB), de seu isolamento e deixou em dúvida a sua permanência no cargo. Após conversa, Dilma teria decidido negar que Levy esteja isolado no governo. "Nós somos um governo que  debate, discute", disse a presidente.  O grande motivo por que Dilma não demite o ministro é que ela teme o corte de rating soberano do País segundo analistas.

Temer, por sua vez, recusou-se a retomar a articulação política do governo. Os dois, ele e Dilma, almoçaram, no Palácio da Alvorada, e a presidente pediu ao vice que volte a fazer a "ponte" com o Congresso. "Eu não me furto a colaborar, mas esse assunto está encerrado", disse o peemedebista.

Também pesa por aqui o relatório do Barclays, que espera o dólar a R$ 3,80 no fim de 2015 e a R$ 4,10 no fim de 2016. Além disso, o banco inglês também revelou esperar 3,2% de contração no PIB (Produto Interno Bruto) este ano, além de 1,5% de queda do PIB no ano que vem. Eles também preveem corte da Selic já no primeiro semestre de 2016.

Já a decisão do Copom (Comitê de Política Monetária) tinha efeito limitado aqui, já que foi dentro do amplamente esperado, que era a manutenção da taxa básica de juros em 14,25% ao ano. Economistas avaliaram decisão como demonstração de calma e sangue frio do Banco Central em momento de volatilidade e incertezas políticas.

Indicadores Nos EUA foram divulgados os pedidos de auxílio-desemprego, que cresceram mais do que o esperado na semana passada, mas a tendência permaneceu consistente com o fortalecimento do mercado de trabalho. O número de pedidos iniciais de auxílio-desemprego cresceu em 12 mil, para 282 mil, segundo números sazonalmente ajustados, na semana encerrada em 29 de agosto, informou o Departamento do Trabalho nesta quinta-feira. Economistas previam alta para 275 mil no período.

Destaques de ações As ações da Vale  (VALE3, R$ 18,62, +2,82%; VALE5, R$ 14,94, +2,47%) sobem em meio a estímulos na Europa anunciados pelo BCE (Banco Central Europeu). O outlook positivo da Rio Tinto em relação a produção de aço na China e também pelo baixo nível de estoques nos portos também puxa empresas do setor de mineração. 

Na mesma direção operam os papéis da Petrobras (PETR3, R$ 10,37, +1,67%; PETR4, R$ 8,88, +0,68%) apesar do desempenho fraco das cotações do petróleo. O barril do Brent tem leve baixa de 0,02% a US$ 52,00. 

Depois de subir ontem, os bancos têm dia indefinido hoje. Caem Itaú Unibanco (ITUB4, R$ 26,38, -0,57%), Bradesco (BBDC3, R$ 24,82, -0,20%; BBDC4, R$ 22,66, -0,53%) e Banco do Brasil (BBAS3, R$ 17,50, +0,57%).

Bolsas mundiais estendem ganhos As bolsas mundiais têm um dia de alta nesta quinta, estendendo os ganhos da véspera, quando subiram em meio a indicações do Livro Bege do Federal Reserve de que os juros não vão subir tão cedo nos Estados Unidos. O mundo também repercute a fala de Mário Draghi ao fim da reunião do BCE (Banco Central Europeu). Na China, as bolsas estão fechadas para feriado pelo restante da semana.

Na Europa, o PMI da Zona do Euro subiu a 54,3 pontos contra 54,1 pontos esperado, liderado pela Alemanha, que teve o maior nível em 5 meses. Com isso, sobem  os índices DAX (+2,44%), FTSE 100 (+1,66%), CAC 40 (+2,04%), FTSE MIB (+1,94%), IBEX 35 (+0,99%) e Stoxx 600 (+2,30%).

Já as ações asiáticas tiveram dificuldades para se recuperar nesta quinta-feira com a volatilidade permanecendo alta, com moedas ligadas a commodities e economias emergentes enfraquecendo conforme investidores preocupam-se com as repercussões globais do crescimento mais lento na China.

O índice japonês Nikkei encerrou a sessão em alta pela primeira vez em quatro dias, com um ganho de 0,5%. Muitas bolsas regionais também avançaram, mas a fraqueza na Austrália e quedas nas moedas asiáticas levaram o índice o índice MSCI que reúne ações da região ÁsiaPacífico com exceção do Japão a cair 0,15%.

O Produto Interno Bruto (PIB) da Coreia do Sul cresceu 2,2% no segundo trimestre, na comparação com igual período de 2014, de acordo com dados oficiais revisados divulgados nesta quinta-feira. O PIB avançou 0,3%, na comparação com o primeiro trimestre. Os dois resultados coincidiram com os números divulgados anteriormente.

A Coreia do Sul confirma, desse modo, uma tendência de crescimento fraco, o que pode levar o Banco da Coreia a decidir cortar sua taxa de juros. No primeiro trimestre, o crescimento havia sido de 0,8% ante o trimestre anterior, portanto houve uma desaceleração. Na comparação anual, o crescimento do segundo trimestre foi o mais fraco no país em mais de dois anos.

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