ASSEMBLEIA APROVA GREVE NO INSS A PARTIR DESTA TERÇA-FEIRA(07/07) E NA SAÚDE FEDERAL A PARTIR DE 13 DE JULHO 2015




Assembleia da seguridade e seguro social desta segunda-feira (6/07), que aprovou greve por tempo indeterminado no INSS, a partir desta terça (7/07), e greve na saúde federal a partir do dia 13/07.


Foto: Fernando França



Da Redação do Sindsprev/RJ
Por André Pelliccione

Assembleia dos setores federais da seguridade e do seguro social realizada nesta segunda-feira (6/07), no auditório do Sindsprev/RJ, aprovou a realização de greve por tempo indeterminado no INSS, a partir desta terça (7/07), conforme indicativo da Fenasps (Federação Nacional). Nesta terça-feira, 7/07, às 16h, no Sindsprev/RJ (rua Joaquim Silva, 98, Lapa), acontece a primeira reunião do comando de greve do INSS, que terá assembléia específica na sexta-feira (10/07), às 16h, no Sinsprev/RJ, quando os servidores do Instituto vão avaliar o movimento. A greve do INSS no Rio acompanha deliberação da plenária nacional da Fenasps realizada no último sábado (4/07), em Brasília, quando foi aprovado indicativo de paralisação nacional dos servidores do Instituto e da Saúde Federal.

Quanto à Saúde Federal do RIo, os servidores aprovaram indicativo de greve por tempo indeterminado a partir do dia 13/07, com realização de atos públicos e paralisações de 24h nos hospitais, nesta terça-feira 7, e reunião de seu comando de greve na sexta-feira (10/07), às 15h, no Sindsprev/RJ. Já confirmaram a disposição de paralisar os servidores do Hospital Cardoso Fontes e do Into. O objetivo é dar tempo para que o ciclo de assembleias nos hospitais e institutos federais seja efetivamente concluído ao longo desta semana, permitindo a construção de uma greve fortalecida no próximo dia 13.

Os servidores do INSS e da Saúde Federal lutam por reajuste de 27%, concurso público pelo RJU, incorporação de gratificações, condições de trabalho, respeito ao direito de duplo-vínculo, defesa das 30h semanais e fim da privatização dos serviços públicos.

Críticas ao governo Dilma (PT)

A assembleia desta segunda-feira 6 foi marcada por duras críticas dos servidores às políticas do governo federal para os serviços públicos. “Vivemos sob brutal ataque do atual governo e isto não pode mais continuar. Só no Hospital Federal de Bonsucesso, 60% dos servidores estão tendo seu direito ao duplo-vínculo desrespeitado, além de trabalharem sob péssimas condições e com as 30h ameaçadas. Precisamos unificar as lutas para fazer uma greve forte. A hora é essa”, disse o servidor da saúde federal Julio Cesar Tavares. Para Lúcia Pádua, da direção do Sindsprv/RJ, a responsabilidade do Estado do Rio é maior na greve da saúde federal. “Aqui no nosso estado estão as maiores e mais importantes unidades do Ministério da Saúde no país. Portanto, construir a greve aqui será decisivo para que forcemos o governo a negociar”, disse.

“Apesar de todas as dificuldades que encontramos, com um certo afastamento do Sindsprev/RJ de sua base no INSS, apesar disso existe espaço político para construirmos a greve na previdência e a maior prova é a presença significativa, nesta assembleia, de servidores do INSS, o que é um avanço. Nós não temos o direito de não lutar. Precisamos reagir, pois o que está em jogo é a nossa própria dignidade, precisamos buscar a nossa dignidade ameaçada”, completou a servidora do INSS e ex-diretora do Sindsprev/RJ Janira Rocha.

O também servidor do INSS e diretor do Sindsprev-RJ Rolando Medeiros criticou o que chamou de ‘situação-limite’ na previdência. “O governo recentemente chamou um concurso para apenas 800 vagas no INSS, quando o necessário são 15 mil vagas. Enquanto isso, o próprio governo quer aumentar a demanda sobre o INSS, com o atendimento do seguro-defeso e da regulamentação das empregadas domésticas, sobrecarregando  uma estrutura que já não dá conta da atual demanda, com servidores sujeitos a metas inatingíveis e absurdas. Não dá pra aceitar. Não podemos continuar assim. Temos que lembrar que tudo o que conquistamos, inclusive salário, foi com greve, não foi porque o governo nos deu”, afirmou.

“Sobre o INSS, nosso foco tem que ser na tentativa de paralisar as gerências do Instituto e aqui cada um tem a função de conscientizar os companheiros para que tenhamos uma greve forte”, completou Isaac Loureiro, também dirigente do Sindicato. “É preciso entender que o governo Dilma (PT) tem aplicado o ajuste fiscal contra os trabalhadores e que o ataque ao serviço público é uma necessidade do capital, que quer mesmo privatizar esse setor”, criticou Luis Fernando Carvalho, da direção do Sindsprev/RJ.

Assembleias continuam nos hospitais federais

Ao longo desta semana continuarão sendo realizadas assembleias nos hospitais e institutos federais. Nesta terça-feira (7/07), às 10h, os servidores do Hospital Cardoso Fontes e do Into realizam, em frente às duas unidades, ato público de protesto, seguido de paralisação.

Na quarta (8/07), às 12h30, acontece a assembleia dos servidores federais lotados no PAM Irajá. Também na quarta serão realizadas as assembleias do Hospital Federal da Lagoa e do Instituto de Cardiologia de Laranjeiras. As duas assembleias serão às 14h.

No dia 15/07, às 11h, será a vez de os servidores do Hospital Federal de Bonsucesso fazerem sua assembleia.

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