SE AS COISAS JÁ ESTAVAM FEIA, VAI FICAR PIOR: "EXECUTIVOS DA CAMARGO CORRÊA FECHA ACORDO DE DELAÇÃO"
Executivos Dalton Avancini e Eduardo Leite, presidente e vice
da Camargo Corrêa, respectivamente, fecharam acordo de delação na Lava Jato, na
noite desta sexta-feira, após 103 dias presos; acerto com juiz Sérgio Moro
prevê multa de R$ 10 milhões, além de revelações de novos nomes de funcionários
da Petrobras envolvidos no esquema e de irregularidades em outras estatais e
obras do setor elétrico, como a Usina de Belo Monte; eles só vão entregar
desvios no governo federal e não em Estados administrados por outros partidos;
“Na verdade é uma colaboração que o meu cliente está dando para as
investigações, trazendo fatos até então desconhecidos, baseados em uma
documentação por ele fornecida”, afirma o criminalista Antônio Cláudio Mariz de
Oliveira, que defende Leite; eles poderão ganhar liberdade em até 15 dias.
Fonte: Jornal 247
Dois executivos da empreiteira Camargo Corrêa fecharam acordo
de delação premiada, na noite desta sexta-feira, 27, na operação Lava Jato. O
diretor-presidente Dalton dos Santos Avancini, e o vice, Eduardo Hermelino
Leite, o Leitoso, estavam presos há 103 dias em Curitiba.
O acerto prevê multa de R$ 10 milhões, além de abrir novos
nomes de funcionários da Petrobras envolvidos no esquema e irregularidades em
outras estatais e em obras do setor elétrico, como a Usina de Belo Monte, maior
obra de infraestrutura no Brasil e uma das maiores do mundo.
“Não é propriamente uma delação premiada. Na verdade é uma
colaboração que o meu cliente está dando para as investigações, trazendo fatos
até então desconhecidos, baseados em uma documentação por ele fornecida”, afirma
o criminalista Antônio Cláudio Mariz de Oliveira, que defende Eduardo Leite.
Em troca, eles poderiam obter liberdade em até 15 dias.
Trata-se dos primeiros executivos de uma grande empreiteira envolvida no
escândalo que se dispõe a revelar os segredos ao juiz Sérgio Moro.
A decisão não foi unanime. O terceiro diretor da empreiteira
preso, João Auler, não aceitou o acordo. Por falta de provas, ele acredita que
deve ser absolvido no fim do processo.
Os executivos são réus na Justiça Federal, acusados de ter
pagado cerca de R$ 40 milhões em propina para obter contratos nas refinarias
Abreu e Lima (PE) e Presidente Vargas (PR).
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