OAB E PRESIDENCIÁVEIS QUEREM CASSAÇÃO DE FIDÉLIX
As declarações homofóbicas do candidato do PRTB à presidência, Levy
Fidelix, durante o debate da TV Record poderão lhe custar a candidatura. A
Ordem dos Advogados do Brasil (OAB) pediu ao Tribunal Superior Eleitoral (TSE)
a cassação da candidatura de Fidélix e direito de resposta às declarações
homofóbicas ditas pelo candidato nesse domingo, 28.
A presidenciável Luciana Genro (PSOL) e o deputado federal
Jean Wyllys (PSOL-RJ), candidato à reeleição, também apresentaram, na tarde
desta segunda-feira, 29, representação contra Levy Fidelix (PRTB) no
TSE. De acordo com texto publicado há pouco no site de Luciana Genro, a
ação sustenta que Fidelix "incitou à violência e à discriminação contra a
população LGBT por meio de verdadeiro discurso de ódio e ofensa à coletividade
LGBT em geral".
A pedido do presidenciável do PV, Eduardo Jorge, o PV
Diversidade, representado por André Pomba, candidato do PV a deputado federal
no Paraná, protocolou no Ministério Público uma representação contra o
candidato do PRTB, que pede que se instaure inquérito/processo crime pelo
desrespeito à dignidade humana e igualdade de direitos.
A primeira representação foi feita à Procuradoria Regional
Eleitoral do Ministério Público Federal, instituição cujo procurador-geral,
Rodrigo Janot, recentemente se pronunciou pela adoção do crime de discriminação
previsto na legislação contra o racismo para embasar processos por homofobia.
O deputado Renato Simões (PT-SP) também acionou o candidato.
"Esperamos que a impunidade não alcance Fidélix, pois seu comportamento
como candidato à Presidência da República não pode estimular o preconceito, a
discriminação e a violência contra LGBTs em todo o país", disse o
deputado. Segundo ele, Fidélix incentivou uma reação da sociedade contra os
LGBTs.
No Facebook um grupo formado por mais de 6.100 pessoas está
coletando dados pessoais para formalizar uma denúncia coletiva à Ouvidoria
Nacional de Direitos Humanos do governo federal.
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