GAROTINHO DURANTE ENCONTRO PROMOVIDO PELA FECOMÉRCIO-RJ COM APOIO DO O DIA DIZ:"AS FINANÇAS DO ESTADO DO RIO FORAM DESTROÇADAS"
Candidato
do PR afirma que recebeu carta branca da presidente Dilma Rousseff para
renegociar dívida pública do estado, que chegará a R$ 100 bilhões no fim do
ano.
Fotos:
Inácio Teixeira
Em encontro
promovido pela Fecomércio-RJ com apoio do jornal O Dia, nesta sexta-feira (29),
o candidato ao governo do Rio pela coligação Força do Povo (PR-Pros-PT do B),
Anthony Garotinho, fez um diagnóstico bastante sombrio das finanças do Estado
do Rio de Janeiro. Segundo Garotinho, o próximo governo terá como primeiro e
maior desafio a renegociação da dívida pública do estado que hoje supera R$ 80
bilhões, podendo chegar a R$ 100 bilhões no fim do ano. E a saída para a crise
poderá ser o alongamento dos prazos de pagamento dos empréstimos, contraídos
pelo governo do PMDB, que começam a vencer em dois anos.
“A situação
do estado do Rio é bastante dramática. O Tribunal de Contas da União, no
relatório de 2013, advertiu que a situação financeira do Rio era temerária,
pois havia contraído empréstimos para pagar juros de outros créditos. É o que
chamamos de endividamento máximo”, revelou o candidato, afirmando tratar-se de
um diagnóstico correto, pois tomou por base dados do Siafem (Sistema Integrado
de Administração Financeira para Estados e Municípios). O candidato ainda
alertou: “Temo que o governo do estado não consiga cumprir os compromissos
financeiros com os servidores no fim deste ano”.
O
ex-governador garantiu que, se eleito em outubro, terá total apoio do governo
federal para renegociar a dívida do estado. Garotinho já conversou sobre o
assunto com a presidente Dilma Rousseff, que lhe deu carta branca para resolver
o problema. Em 1999, ele foi responsável pelo saneamento financeiro do estado,
ao renegociar uma dívida de R$ 27 bilhões com a União, medida considerada uma
das mais criativas e inteligentes na história do Rio. A solução pioneira no
cenário nacional foi o adiantamento dos royalties do petróleo, o que permitiu
colocar o estado em dia com seus compromissos e restabelecer a sua capacidade
de investimento.
O candidato
contou que assumiu o governo do estado em 1999 destruído, mas que o próximo
governador encontrará um estado destroçado. “O governo Cabral-Pezão quebrou o
nosso estado. Será necessária muita habilidade para renegociar essa dívida e
retomar a capacidade de investimento do Rio”, disse o candidato com a
experiência de quem salvou o estado da falência.
Durante o
encontro na Fecomércio, Garotinho falou ainda sobre a alta carga tributária
imposta pelo atual governo do estado aos micros, pequenos e médios empresários,
que pagam dois tributos (bitributação) sobre o mesmo produto e/ou serviço. Caso
eleito, ele vai reduzir essa sobrecarga de impostos. Os participantes
questionaram o candidato também sobre educação, cultura, segurança pública,
salário mínimo regional, entre outros temas.
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