SECRETARIA DE SAÚDE DE CABO FRIO INCETIVA O ALEITAMENTO MATERNO



Dia mundial da amamentação é comemorado em 1° de agosto

            Para incentivar o aleitamento materno exclusivo e apoiar mães e famílias no cuidado com seus bebês, a Prefeitura Municipal de Cabo Frio, através da Secretaria de Saúde, promove uma série de ações e programas relacionados ao tema. E no dia 1° de agosto, quando comemora-se o dia mundial da amamentação, o Hospital da Mulher, referência na Região dos Lagos para as gestantes que entram em trabalho de parto, divulga números surpreendentes. Por mês, são realizados na unidade de saúde, cerca de 300 partos. Deste total, 40% são de gestantes de outros municípios.
           
            A procura pela unidade de saúde tem um motivo. O Hospital da Mulher tem o título de Hospital Amigo da Criança, referência concedida pelo UNICEF e pela Organização Mundial de Saúde - OMS - para aqueles hospitais e maternidades que criam condutas e rotinas para reduzir os altos índices de desmame precoce, além da promoção da humanização do parto. Segundo a Dra. Maria Rosalice Almeida, diretora do Hospital da Mulher, até os seis meses, os bebês não precisam de chás, sucos, outros leites, nem mesmo de água. Após essa idade, deverá ser dada alimentação complementar apropriada, mas a amamentação deve continuar até o segundo ano de vida da criança ou mais.
            
           - O aleitamento materno na primeira hora de vida é importante tanto para o bebê quanto para a mãe, pois, auxilia nas contrações uterinas, diminuindo o risco de hemorragia. E, além das questões de saúde, a amamentação fortalece o vínculo afetivo entre mãe e filho -, diz.
            De acordo com a Organização Mundial de Saúde - OMS -, a cada ano, mais de 10 milhões de crianças com menos de cinco anos morrem em todo o mundo por doenças que podem ser prevenidas e tratadas. Há várias intervenções preventivas e terapêuticas eficazes e de baixo custo, que podem ajudar a reduzir essas mortes e a principal delas é o aleitamento materno. Estudos também já comprovaram, cientificamente, que crianças que são amamentadas por suas mães, têm um desenvolvimento melhor, além do nível de inteligência ficar mais elevado. Isso em razão das trocas afetivas que acontecem durante o ato de amamentar.
            - A importância do colo, do aconchego materno, que traduz a proteção e o amor, faz com que o trauma de sair de dentro da barriga de sua mãe seja menor, pois lá a criança estava quentinha e bem alimentada -, explica a médica.
           
             O Hospital da Mulher criou o Comitê de Incentivo ao Aleitamento Materno. Uma equipe inter-disciplinar e demais funcionários se encarregam de explicar às mamães sobre a importância do aleitamento, ensinando passo a passo a técnica de amamentação. Após o nascimento, as mães que ainda têm alguma dúvida ou dificuldade em amamentar, são encaminhadas para o Centro de Saúde Oswaldo Cruz, que tem a “Sala do Bebê”. O espaço foi montado com o objetivo de ter em um só local diversos serviços direcionados ao bebê e à mamãe. É neste espaço que os fisioterapeutas realizam o trabalho de estimulação dos bebês que vieram do CTI, que nasceram prematuros, ou que tiveram algum déficit evolutivo. É também na Sala do Bebê que as mamães recebem orientação sobre amamentação enquanto aguardam a consulta de revisão do parto.
            
         - Nós montamos essa sala com muito carinho para que as mamães e os bebês tenham um espaço onde se sintam acolhidos. É um local reservado, o que evita também uma contaminação, já que são bebês recém-nascidos, explica a médica pediatra Gabriela Magalhães, diretora do Centro de Saúde Oswaldo Cruz.

 Importante alimento para o ser humano
            
       O dia mundial da amamentação foi criado a fim de promover o exercício da amamentação natural, com o objetivo de combater a desnutrição infantil, além de possibilitar a criação de bancos de leite para crianças que não têm condições de serem amamentadas por suas mães. O leite é um dos principais alimentos para nutrir o organismo humano e por isso, toda criança, ao nascer, deve ser amamentada. Além dos laços afetivos com a mãe, a amamentação é necessária, pois é a forma da criança receber cálcio, fósforo e ferro, além de outros nutrientes importantes para que tenha um crescimento saudável, como as vitaminas. Garante a boa formação óssea, que vai do nascimento até os trinta e cinco anos de idade.
            
             Segundo a neonatologista Maria Rosalice Almeida, especialista em bebês de 0 a 30 dias, é fundamental que a mãe seja orientada quanto à amamentação e os fatores que podem torná-la um exercício de integração com o seu bebê. Por isso, ela deve ficar atenta quanto a fatores como:

Rachaduras no bico do peito 

             A inflamação acontece com frequência, quando a boca do recém-nascido não é levada ao bico da mama de maneira adequada, para evitá-la, deve-se, acomodar o bebê com a cabeça bem alocada na curva do cotovelo da mãe, de maneira que sua boca englobe toda a aureola do seio. Facilitando as condições da criança extrair o leite e impedindo feridas no mamilo.  “Um ponto importante é a hidratação da pele do mamilo e auréola, que pode ser feita com o próprio colostro, após a higiene com água para a retirada da saliva do recém-nascido após a mamada. Existem alguns produtos à base de lanolina que pode ser usados por prescrição médica, que evita e trata a rachadura. A luz do sol direto na pele também auxilia na prevenção”, explica a Dra. Rosalice.

Mamas empedradas 

            As mamas ficam empedradas por deixar que o leite se acumule, evita-se esse problema amamentando sempre o bebe e fazendo compressas frias, evitando assim, a produção excessiva do leite. Pode ser necessário, massagear e ordenhar o leite. “Se a mama ficar muito ingurgitada, o recém-nascido terá dificuldade em sugar o leite”. 

Pouco leite

               Para as mamães que tem pouco leite, o melhor jeito de estimular a produção é a sucção eficaz do nenê. E para finalizar a médica, comenta: “Indicamos que a mãe esteja com a pele hidratada, ingira bastante líquido e esteja tranquila em relação à maternidade. O estresse produz determinados hormônios que inibem a produção de componentes específicos do leite materno”.



Texto: Alexandra de Oliveira | Assessoria de Imprensa da Secretaria Municipal de Saúde
Fotos: Til Santos

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