UNIVERSIDADE DE VEIGA DE ALMEIDA, CAMPUS CABO FRIO: "SOLENIDADE DE LANÇAMENTO DO PROJETO ALBATROZ ACONTECE NESTA SEXTA-FEIRA (30)"




Projeto Albatroz lança sua base no Rio de Janeiro

Solenidade acontece nesta sexta-feira, 30 de maio, no Campus da UVA em Cabo Frio

As atividades da Semana Mundial do Meio Ambiente, no Rio de Janeiro, iniciam com um importante passo para a conservação da vida marinha. O Projeto Albatroz lança sua quinta base de pesquisa no Brasil, desta vez na costa fluminense. O objetivo da iniciativa é ampliar o monitoramento da frota pesqueira e os estudos sobre o impacto da pesca nas populações de albatrozes e petréis. O Projeto, patrocinado pelo Petrobras por meio do Programa Petrobras Socioambiental, terá subsede na cidade de Cabo Frio, rota de diversas embarcações. A solenidade de lançamento da base ocorrerá nesta sexta-feira, 30 de maio, às 19h, na Universidade Veiga de Almeida (UVA), entidade parceira nesta iniciativa. Na ocasião, serão abertas duas exposições: uma mostra fotográfica do Projeto e a réplica em tamanho natural de albatrozes em momento de corte.

Os albatrozes e petréis (ou pardelas) estão no topo da cadeia alimentar marinha, com elevado risco de extinção. São aves que passam longos períodos sobre o mar, voltando à terra firme apenas para a reprodução. No Brasil, são encontradas principalmente entre a Região Sul até o estado do Espírito Santo, com maior agregação nas áreas onde a atividade pesqueira é mais intensa. Das 22 espécies de albatrozes, 17 estão na Lista Vermelha da União para a Conservação da Natureza (IUCN, na sigla em inglês), sendo seis ameaçadas de extinção, e duas espécies de pardelas da fauna brasileira também correm risco. A captura, embora não intencional, ocorre durante a pesca comercial, quando as aves, atraídas pelo movimento das iscas, se prendem ao espinhel pelágico (conjunto de anzóis) e acabam morrendo afogadas.

A bióloga Tatiana Neves, coordenadora geral do Projeto Albatroz, com sede em Santos (SP), ressalta que o grupo de espécies que engloba os albatrozes e petréis é o mais ameaçado do mundo inteiro e lembra que o Brasil, por ser signatário do Acordo para Conservação de Albatrozes e Petréis – ACAP - deve adotar medidas mitigatórias e de educação ambiental, além de ter a obrigação de monitorar continuamente as populações. Tatiana ressalta, ainda, a importância do desenvolvimento de pesquisas aplicadas e também do desenvolvimento de tecnologias que contribuam para a redução da captura acidental.

De acordo com a BirdLife International, das cerca de 300 mil aves que morrem por ano em decorrência da pesca oceânica, um terço corresponde a albatrozes. Se considerada apenas a frota brasileira que atua nas regiões Sul e Sudeste – área prioritária para a preservação -, são mais de 10 mil mortes por ano.


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